O ex-presidente norte-americano Bill Clinton disse esta semana que somente 37% dos fundos prometidos pela comunidade internacional foram realmente enviados para a reconstrução do Haiti, que, segundo ele, segue "de joelhos". Clinton enfatizou que ainda existem oito milhões de toneladas de escombros em Porto Príncipe, sendo que somente dois milhões foram retirados. O país caribenho teve grande parte de sua estrutura destruída pelo terremoto de janeiro de 2010, quando mais de 300 mil pessoas morreram. Para ele, apesar do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) "não ter se ocupado" da remoção dos restos, quem esteve na capital haitiana "sabe que esse é um problema enorme que temos que resolver".
Durante o encontro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enfatizou que a economia do país segue lentamente e que as instituições públicas "estão em condições de oferecer apenas os serviços essenciais". Apesar de lembrar que muitas mulheres e crianças "vivem o medo da violência sexual", ele deu alguns dados positivos sobre a situação do país, como a queda no número de pessoas que viviam em acampamentos, que passou de 1,5 milhão para 680 mil. Mesmo assim as coisas não andam bem mesmo. Ainda falta muita ajuda e mais empenho dos países que podem e devem ajudar. O percentual de ajuda recebido é muito pouco para uma país que precisa de tanto. Interessante é que só parece haver uma comoção de toda a comunidade para ajudar só nos primeiros dias após a tragédia e depois volta tudo ao normal, cada país pensando em seu próprio umbigo.
