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Berlusconi diz que é melhor gostar de garotas que ser homossexual

03 novembro 2010

Silvio Berlusconi, premiê italiano, declarou, nessa terça-feira, que gostar de garotas é melhor do que ser gay. Ainda completou dizendo que não há motivos para retratar-se por sua preferência pelas mulheres jovens e que nada teve com a marroquina conhecida como Ruby, de 17 anos. Desde a última semana, o premiê vem sofrendo graves críticas depois que jornais publicaram que ela havia convidado a menor de idade para duas festas na sua casa de Arcore, próximo a Milão. Além disso, ele é acusado de ter favorecido a garota, quando ela estava detida por roubo, no mês de maio. Berlusconi teria feito ligações para o chefe de polícia responsável pelo caso, com o intuito de livrar Ruby. O caso foi confirmado pelo próprio premiê, porém ele afirmou que a ajudou sem pressionar os policiais. Seus opositores no Parlamento pedem a sua renúncia. Mas Berlusconi diz que seguirá em seu cargo, firmemente, até o final do mandato. A marroquina Ruby declarou que realmente esteve em festas na casa do premiê, e que teria ganhado cerca de 7.000 euros por conta de sua presença, porém negou ter tido relações sexuais com ele. Ou seja, o Berlusconi prefere aliciar menores do que ser homossexual, só pode. È bom lembrar que quem fala o que quer ouve o que não quer. Mas em fim, assim é o Berlusconi, polêmico, ousado, safado, poderoso e praticamente dono da Itália. Odiado pela maioria, porém apoiado pelos fortes sem nunca deixar o poder.

E como era de se esperar, as palavras de Berlusconi geraram críticas entre entidades de defesa dos direitos dos homossexuais e a oposição ao governo. "Esta frase é expressão de uma cultura machista, atrasada e ofensiva não só para as pessoas homossexuais, mas também para as mulheres", declarou o titular da associação Arcigay, Paolo Patanè, classificando a brincadeira como "gratuita" e "vulgar". "Uma frase que provém de uma atitude de desprezo à dignidade das pessoas e que confirma o clima constrangedor e grotesco no qual o presidente do Conselho [de Ministros] está precipitando o país", completou ele. O presidente da entidade Equality Italia e histórico defensor da comunidade gay, Aurelio Mancuso, afirmou que a frase "inqualificável" fez com que o premier "superasse o limite", acusando-o de não ser "verdadeiramente digno de dirigir a Itália".

 
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