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Ministro Carlos Lupi deixa o Ministério do Trabalho

04 dezembro 2011

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão à presidente Dilma Rousseff (PT) neste domingo, após denúncias de irregularidades na pasta. Segundo um ministro que acompanhava a crise por que Lupi passava, o chefe do Trabalho se reuniu com Dilma no Palácio da Alvorada, em Brasília, e selou uma espécie de "acordo" para deixar o primeiro escalão do governo federal. Em nota divulgada pelo ministério, Lupi elenca como motivos para sua saída da pasta a "perseguição política e pessoal da mídia" e o parecer da Comissão de Ética da Presidência da República, que o "condenou sumariamente" ao recomendar sua exoneração. "Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do governo", escreveu. Após ironizar as primeiras denúncias de irregularidades na pasta, "desafiando" a presidente Dilma a tirá-lo do governo e dizendo que só deixaria o cargo "abatido à bala", Lupi tentou mudar o tom e surpreendeu. "Posso ser tudo, mas não sou uma pessoa deseducada, deselegante e muito menos despreparada. Presidente Dilma, desculpa se fui agressivo, não foi minha intenção. Eu te amo", disse, em 10 de novembro.

Ele é o sétimo ministro a não completar o primeiro ano do mandato da presidente Dilma, sendo o sexto a cair após denúncias de irregularidades. Antes dele, já deixaram o cargo: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esportes). Alvejado por uma série de denúncias, Lupi deixa a pasta após a Comissão de Ética da Presidência da República ter recomendado sua demissão. Para os integrantes da Comissão, as explicações do ministro do Trabalho não foram satisfatórias, pois ele não conseguiu informar quem pagou o avião particular usado por ele em uma viagem ao Maranhão, em 2009. A aeronave foi providenciada pro um diretor de ONGs com convênios com o Ministério. Além disso, outra denúncia, de que ele teria trabalhado, durante cinco anos, na Câmara Municipal do Rio e, ao mesmo tempo, seria funcionário-fantasma na Câmara dos Deputados, também complicou sua vida. A Procuradoria-Geral da República diz que acúmulo de cargos públicos, em tese, é crime. Ou seja, assim como os outros ministros anteriores, ele foi acusado, mas não provou sua inocência, então que venha o próximo.

 
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