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Berlusconi vai renunciar ao cargo de premiê na Itália

08 novembro 2011

(Folha). Cedendo a crescentes pressões políticas, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, renunciará ao cargo após a aplicação das medidas de austeridade para reduzir o deficit público do país exigidas pela União Europeia, informa uma nota oficial da Presidência divulgada nesta terça-feira. A pressão política pela saída de Berlusconi aumentou com a votação da revisão das contas fiscais de 2010. O projeto passou, mas sem maioria parlamentar. Isso porque a oposição do país, em vez de votar contra, não votou para não atrapalhar a já combalida situação econômica do país. Do total de 630 parlamentares, 308 votaram a favor do projeto fiscal, um se absteve e 321 não votaram. Assim, o projeto foi aprovado mas o premiê ficou sem a maioria de 316. A votação desta terça-feira era considerada um voto de confiança informal no atual governo. Sem a maioria, já era previsto que o primeiro-ministro sairia.

O anúncio chega após uma reunião do premiê com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, no palácio do Quirinale, sede da Presidência da Itália, junto a lideranças do partido direitista Liga Norte, da base do governo. Segundo o comunicado da Presidência, Berlusconi teria dito que tem consciência das implicações da votação de hoje e expressou preocupação com a necessidade de dar respostas aos parceiros europeus. Logo após a votação, o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, afirmou que, independente do resultado, os números teriam que ser levados para o chefe de Estado do país.....  Já havia dito aqui antes, que eu poderia não estar vivo para ver o Berluconi deixar o comando, mas isso aconteceu bem antes do que eu imaginava. A atual crise financeira está mesmo muito forte, pois só ela foi capaz de tirar o Berlusconi do comando da Itália, coisa que escândalos e corrupção nenhuma conseguiu fazer.

E assum,  Silvio Berlusconi, confirmou nesta terça-feira (8) que vai mesmo entregar o cargo após o Parlamento aprovar as leis orçamentárias para 2012. Ele confirmou o que já havia sido anunciado pelo presidente Giorgio Napolitano em comunicado. "Após a aprovação dessa lei financeira, que tem emendas para tudo que a Europa nos pediu e que o Eurogrupo solicitou, eu vou renunciar, para permitir o chefe de Estado a abrir consultas", disse em entrevista a seu canal 5 de televisão. "O Parlamento hoje está paralisado, no que diz respeito à Câmara dos Deputados", disse. "No Senado, a centro-direita (o governo) ainda tem uma boa maioria. Mas, com a saída de sete membros da maioria hoje, o governo não tem a maioria que pensávamos que tivesse, e então temos de enfrentar a situação com realismo." Ele afirmou que a Itália está em uma "posição difícil" em relação aos mercados financeiros e tem de demonstrar que é capaz de reformas sérias. Ele acrescentou que a única opção realista é a de novas eleições.

 
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