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Depois do Egito, protestos, violência e morte agora na Líbia e no Bahrein
As forças de segurança líbias mataram 84 pessoas durante os últimos três dias de protestos em várias cidades do país para reivindicar mudanças políticas, informou o último comunicado da Human Rights Watch (HRW). Segundo a organização, que baseia seus números em consultas telefônicas com hospitais e testemunhas, "as forças de segurança de Muammar Gaddafi dispararam contra os cidadãos, que simplesmente pedem uma mudança", disse Joe Stork, responsável da HRW no Oriente Médio e no norte da África. A internet no país também foi cortada por volta das 2h da manhã (horário local), retirando uma das poucas maneiras disponíveis para que os líbios divulgassem informações sobre a onda de protestos antigoverno em uma das mais isoladas e repressivas nações da África. Milhares de protestantes pedem a saída de Muammar Gaddafi, ditador líbio há 42 anos no poder, especialmente em cidades no Leste, região mais pobre do país. As manifestações têm sido brutalmente reprimidas por milícias armadas e forças de elite.
No Bahrein, o exército retirou neste sábado seus tanques da praça da Pérola, no centro de Manama, onde se concentram as manifestações antigoverno, uma das condições exigidas pela oposição para dar início ao diálogo político com o regime. Os militares "ficarão fora de Manama e a polícia irá restaurar a ordem", indicou um oficial, que pediu o anonimato, enquanto uma fileira de veículos blindados do exército manobrava para deixar a praça. O principal grupo xiita de oposição ao governo do Bahrein rejeitou neste sábado a oferta de diálogo nacional feita pelo rei Hamad Isa al-Khalifa para tentar conter os protestos populares contra as autoridades do país. Altos membros do bloco xiita Wefaq afirmaram que o governo deve renunciar primeiro e que as tropas do Exército devem ser retiradas das ruas da capital, Manama. Na sexta-feira, soldados abriram fogo contra milhares de manifestantes que desafiaram a proibição do governo e se aglomeraram na praça, ferindo ao menos 50 pessoas. De acordo com funcionários do hospital Salmaniya, vários dos pacientes atendidos apresentavam ferimentos de armas de fogo. O incidente aconteceu um dia depois de a polícia ter retirado à força um acampamento de protesto na capital. Anteriormente, a rede de TV americana havia informado que ao menos quatro pessoas teriam morrido no centro de Manama quando manifestantes entraram em confronto com membros das forças de segurança. Com isso, o número de mortos subiria para ao menos oito.
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