A crise do lixo na província de Nápoles, no sul da Itália, continua rendendo protestos violentos dos moradores neste sábado. As promessas de Silvio Berlusconi não foram suficientes para conter os ânimos dos italianos. O premiê havia afirmado que enviaria 14 milhões de euros (cerca de R$ 33 milhões) à região. Os cidadãos foram às ruas de Terzigno, centro das manifestações que já duram três dias, para manifestarem-se contra a abertura de um novo depósito de lixo no local, que seria o maior da Europa. Para isso, lançaram pedras, garrafas, fogos de artifício e coquetéis molotov. Segundo a imprensa local, os policiais tiveram que usar gás lacrimogêneo para conter a fúria dos manifestantes.
Com o confronto, os funcionários das empresas responsáveis pela coleta de lixo não estão conseguindo trabalhar e o acúmulo de resíduos nas ruas já supera duas mil toneladas. Na confusão, cinco policiais e um cinegrafista ficaram feridos. Os moradores de Terzigno protestam para impedir a apertura de um novo lixão por um simples motivo: o aterro atualmente em funcionamento, um dos maiores da Europa, está saturado e emana odores desagradáveis na região. O que parece é que o Governo italiano nçao quer ou não sabe mesmo como resolver o problema.
