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Japão relembra 66 anos da bomba atômica que arrasou Hiroshima

06 agosto 2011

O Japão lembrou neste sábado (6) as vítimas da bomba atômica que arrasou Hiroshima há 66 anos, em cerimônia que o primeiro-ministro do país, Naoto Kan, aproveitou para questionar 'o mito da segurança' da energia nuclear. Às 8h15 locais (20h15 de sexta-feira pelo horário de Brasília), um minuto de silêncio só rompido por várias badaladas lembrou no Parque Memorial da Paz de Hiroshima o momento em que a bomba caiu sobre a cidade e acabou de forma imediata com a vida de 120 mil de seus habitantes. Representantes de cerca de 70 países - incluindo os Estados Unidos - e da ONU estiveram entre os quase 50 mil presentes na homenagem, entre eles idosos que sobreviveram à bomba e seus familiares, cuja mensagem contra a radioatividade se viu amplificada este ano pela crise na usina nuclear de Fukushima. Diante da mortal lembrança, o primeiro-ministro do Japão expressou seu 'profundo pesar' por ter acreditado no 'mito da segurança' da energia nuclear e prometeu investigar a fundo as causas do acidente na central de Fukushima Daiichi, o pior em 25 anos.

 Além disso, em uma chamada ao desarmamento, o premiê apontou que o Japão, como único país que sofreu os efeitos da bomba atômica, tem 'a responsabilidade' de transmitir a toda a humanidade a ameaça que representam as armas nucleares. Na cerimônia deste sábado foram acrescentados 5.785 novos nomes à lista das pessoas que perderam suas vidas direta ou indiretamente pela tragédia de Hiroshima, em balanço que chegou então ao total de 275.230 vítimas fatais. Pouco antes do discurso de Kan, o prefeito da cidade, Kazumi Matsui, questionou a política energética nacional e ressaltou a 'tremenda ansiedade provocada pela atual ameaça da radioatividade' em Fukushima. Sem chegar a pedir claramente o fim das centrais atômicas, Matsui, filho de dois sobreviventes da bomba atômica, solicitou ao Governo medidas 'para resgatar a compreensão e a confiança do povo'. Além disso, em sua tradicional Declaração da Paz, reivindicou a abolição das armas nucleares e lançou uma morna crítica aos EUA ao lembrar que o país 'continua levando a cabo seus testes nucleares e outros experimentos relacionados'. As informações são do G1.

 
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