Em amistoso diante do argentino River Plate, em 1962, Pelé fez a 'paradinha' em cobrança de pênalti e não agradou nem um pouco o árbitro Aurélio Bossolino, que invalidou o lance e ainda marcou infração contra o Peixe. Na ocasião, a Fifa condenou a atitude do juiz, e a artimanha passou a valer. Mas, como era pouco utilizada, não gerava muita polêmica na época.
A 'paradinha' só retornou com força total em meados dos anos 90, quando alguns jogadores voltaram a aplicar a 'malandragem' na hora do pênalti. A discussão se instalou em várias partes do mundo e a Fifa só resolveu se pronunciar após a Copa de 1998, na França. O artifício foi permitido, mas o goleiro também estava liberado para se movimentar, em cima da linha do gol, antes da cobrança da penalidade.
No início do atual século, o assunto mais uma vez caiu no esquecimento, pois poucos cobradores tinham a coragem de fazer a 'paradinha'. Mas, há cerca de dois anos, ela voltou com tudo, e parecia que estava aí para ficar. No entanto, a entidade máxima do futebol mundial resolveu jogar um balde de água fria na 'malandragem'.
E como ficam os jogadores que estavam utilizando esta técnica com maestria, caso, por exemplo, do jovem craque santista Neymar? Ele com certeza vai continuar fazendo algum tipo de finta na hora do pênalti. Resta saber se os árbitros vão ou não considerar a artimanha algo ilegal.