Inter campeão. Quando é que algum colorado poderia imaginar que a combinação dessas duas palavras machucaria tanto? É que o Inter campeão não veste vermelho, não é brasileiro, não levou uma multidão de fãs a Abu Dhabi. O Inter campeão mundial é azul e preto, fala italiano, teve torcida bem mais discreta em terras árabes. O Internazionale fez aquilo que seu xará gaúcho não conseguiu: bateu o Mazembe, da República Democrática do Congo, por 3 a 0 na noite deste sábado, no Zayed Sports City, e alcançou o topo do planeta. Os africanos tinham a simpatia de muita gente: dos árabes, da Fifa e até dos colorados, eliminados por eles, mas que ficaram no estádio para apoiar os algozes. Até gritaram o nome do time congolês e xingaram o juiz. Não adiantou. Com gols precoces, primeiro de Pandev e depois de Eto’o, e outro de Biabiany na etapa final, o time italiano alcançou uma vitória sossegada. É o primeiro título mundial do Internazionale no novo formato do torneio, com equipes de todos os continentes. Antes, o clube milanês havia vencido duas edições (1964 e 1965) na antiga fórmula, com duelo direto entre os campeões da Europa e da América do Sul. Ao Mazembe, resta a ressalva de ter sido o primeiro time africano a alcançar a final em um torneio organizado pela Fifa.
Não serve de consolo, mas ao menos salvou a viagem. Não foi como o esperado, mas serviu de lição. O jogo só é ganho mesmo dentro de campo após os 90 minutos, mesmo que o adversário seja o mais fraco possível. E assim, não deu o título e sequer o vice-campeonato, mas desta vez ao menos o Internacional não decepcionou seus torcedores. Na disputa pelo terceiro lugar do Mundial de Clubes, neste sábado em Abu Dhabi, o time colorado passeou com enorme facilidade sobre o Seongnam, da Coreia do Sul, e assegurou o bronze simbólico. Tinga, Alecsandro (2x) e D'Alessandro marcaram na goleada de 4 a 2 do time brasileiro. Contra um adversário que não ofereceu qualquer resistência, o Internacional dominou toda a partida e ainda relaxou e tomou dois gols do coreanos. Na noite em que amenizou sua dor, porém, o Internacional deixou claro em todos os momentos que a derrota para o Mazembe ainda estava fresca na memória, o que se evidenciou desde as vaias na entrada da equipe em campo. Mas não tem jeito, o que passou não volta mais, agora é começar planejar 2011, não imorta se algums jogadores irão permanecer ou sair do clume, mas é necessário se recuperar erguer a cabeça e bola para frente, afinal, a libertadores vem aí.
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