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Twitter usado como instrumento de diplomacia.

03 janeiro 2011
O presidente americano, Barack Obama, segue seu colega russo, Dmitri Medvedev, que, por sua vez, segue a Casa Branca. Os dois seguem e são seguidos pelo primeiro-ministro inglês, David Cameron. E os três ignoram outros líderes do G-20, entre eles, a presidente Dilma Rousseff. No Twitter dos poderosos, muito mais importante que o número de seguidores é saber: afinal, quem segue quem na alta esfera do poder mundial? O diretor de redes sociais do Fórum Econômico Mundial, Matthias Lüfkens, fez um levantamento. Mais de 60 líderes mundiais têm conta no serviço de microblog usado por 175 milhões de pessoas no mundo. Até o governo mais hermético e isolado do planeta, o da Coreia do Norte, tem uma conta no Twitter - usada, claro, para a propaganda do governo comunista do ditador Kim Jong-il. - Saber quem segue quem revela a importância que cada um dá a suas relações diplomáticas. Depois que escrevemos que Obama, Medvedev e Cameron não seguem outros líderes do G-20, o governo britânico agora decidiu seguir todos os outros líderes do G-20, unilateralmente - constata Lüfkens.
Em número de seguidores, o campeão é Barack Obama, com 6,1 milhões, deixando o francês Nicolas Sarkozy no chinelo, com apenas 6,6 mil. Na América Latina, o venezuelano Hugo Chávez bate recordes, com 1,1 milhão de seguidores. Mas, para Lüfkens, além dos números, o importante é a maneira como os líderes conversam entre si ou com seus seguidores. Chávez, nesse sentido, é único. Costuma enviar mensagens muito pessoais, como quando morreu Nestor Kirchner, ex-presidente e marido da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Ele escreveu: "Ai, minha querida Cristina, quanta dor!" . - Chávez responde diretamente a alguns de seus seguidores. É um dos poucos a fazer isso. Há até respostas em inglês. Não acho que ele mesmo envie as mensagens, mas seu assistente realmente transmite o que ele pensa. E deve ser muito próximo, porque frequentemente envia as mensagens de um Blackberry - destaca. Para Lüfkens, o Twitter está crescendo como instrumento da diplomacia política: - Aos poucos, muitos líderes vão perceber que é uma boa ideia seguir líderes com quem mantêm relações diplomáticas. Não acho que Medvedev vai enviar uma mensagem diretamente para Obama através do Twitter, mas seus assistentes, por exemplo, podem manter um contato mais pessoal. Para o público, o Twitter significa que qualquer pessoa pode enviar uma mensagem a um líder. Mas num momento em que o WikiLeaks provoca um escândalo mundial ao expor milhares de telegramas diplomáticos americanos, Lüfkens conclui, rindo: - Enviar mensagens diretas através do Twitter é provavelmente mais seguro que telegrama diplomático! Por que não?(Fonte: OGlobo)

 
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