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Horas extras na Câmara custam R$ 60 milhões e batem recorde

12 novembro 2013

Sem o ponto eletrônico que já deveria estar em funcionamento desde abril último, conforme prometeu o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), a Casa está prestes a encerrar o ano com despesas recordes de horas extras dos seus servidores efetivos e comissionados de gabinetes de parlamentares. De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, já foram desembolsados R$ 60,6 milhões até outubro, 36% a mais do que em todo o ano de 2012. Pelo ritmo, pelo menos R$ 70 milhões deverão ser gastos até o final do ano, o que bateria o recorde registrado em 2011, de R$ 69,4 milhões. A expectativa é de que ocorram muitas sessões deliberativas em novembro e parte de dezembro, já que há muitas matérias pendentes e polêmicas, como a votação do Orçamento de 2014.

 Apesar do custeio alto, o ponto eletrônico não tem previsão de ser implantado. Com a polêmica do corte dos salários que ultrapassam o teto constitucional, funcionários pressionam para adiar o aperto na jornada diária para compensar com o recebimento de horas extras, que não entram no cálculo do teto. Atualmente, existem aproximadamente dois mil servidores que têm salários acima do limite de R$ 28 mil, que passaram a embolsar menos a partir deste mês, por decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Os servidores que trabalham mais de oito horas diárias, com intervalo para o almoço, ou seis horas corridas, têm direito a receber pelo serviço extraordinário realizado. E é isso aí, eles não trabalham todos os dias da semana, vão quando querem e ainda recebem uma fortuna em horas extras. Alguém acha aí ruim ser político no Brasil?

 
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