Um documento interno da BP divulgado neste domingo por um democrata do Congresso norte-americano estima que, na pior das hipóteses, a taxa de vazamento de petróleo no Golfo do México pode ser de cerca de 100 mil barris por dia. A estimativa de 100 mil barris (15,9 milhões de litros) de petróleo por dia é muito mais alta que a estimativa atual do governo dos Estados Unidos de até 60 mil barris (9,5 milhões de litros) por dia. O documento sem data foi revelado pelo deputado democrata Ed Markey, presidente do subcomitê de energia e meio-ambiente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados norte-americana. A BP, por sua vez, rejeitou o documento. "Eu não acho que há uma subestimação", disse o porta-voz Toby Odone á Reuters. A quantidade de petróleo vazando do poço é uma questão controversa desde que o derramamento começou em 20 de abril, com críticos dizendo que a BP abrandou a taxa de vazamento. "Esse documento levanta dúvidas muito perturbadoras sobre o que a BP sabia e quando eles sabiam disso", disse Markey em nota. "É claro que, desde o início, a BP não foi clara com o governo ou com o povo americano sobre o verdadeiro tamanho desse derramamento. Agora as famílias que vivem e trabalham no Golfo estão sofrendo com a incompetência deles", acrescentou o deputado. O documento parece estimar o maior fluxo potencial de petróleo se importantes componentes do poço falharem. O documento não indica que 100 mil barris por dia é a estimativa da BP sobre a verdadeira quantidade de petróleo saindo do poço. Inicialmente, a BP tinha estimado que o vazamento derramava mil barris por dia no oceano e, então, elevou esse número para 5 mil barris por dia. Só que dúvidas a parte, o fato é que esse desastre já trouxe e ainda trará no futuro muitos mais prejuízos ao meio ambiente do que possamos imaginar, e talvez não terá dinheiro no mundo que possa reverter a situação.
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