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SPFC: uma gestão nem tão imaculada quanto antigamente
O título da Copa São Paulo há dez dias surgiu como uma desforra dos dirigentes do São Paulo para cima dos empresários. Garotos que eram verdadeiras promessas do clube como Oscar, Diogo e Lucas Piazon, este de apenas 15 anos, entraram na justiça para tentar se livrar do clube paulista, outrora tão desejado por jovens boleiros espalhados pelo país. Quem viu, diz que a cena foi impressionante. Segundo a edição de fevereiro da revista ESPN, cerca de 80 garotos, de 13 a 19 anos, atormentados pela angústia de ver o grande sonho da vida não se concretizar, mostravam a quem quisesse ver e ouvir a sua alegria. Pulavam e rodavam no ar camisas do São Paulo. Era 19 de junho de 2009 e Muricy Ramalho, técnico do time principal, havia sido demitido. Para eles, o técnico que havia conseguido os três últimos títulos brasileiros era também o “professor” que não dava chances aos garotos da base. Uma preocupação constante também para o presidente Juvenal Juvêncio, que chegou a prometer, para 2010, um time totalmente criado pelo Centro de Formação de Atletas, em Cotia (SP), inaugurado no final de 2005, após a conquista do Mundial Interclubes. Uma das obras de que mais se orgulha. E que não tem dado os resultados esperados. A tão famosa estrutura, que os dirigentes não se cansam de exaltar, revelou apenas o zagueiro Breno. Em janeiro de 2008, o jogador foi comprado pelo Bayern de Munique por € 12 milhões. Recorde para um zagueiro. “Para eles, está bom assim. Revelam um craque como o Breno, que paga toda a estrutura de Cotia por cinco anos, e tudo para por aí. Os outros garotos ficam abandonados, não têm chances. Tem muita gente descontente como o Oscar está. Vai ter uma debandada”, conta à revista, sob anonimato, o pai de um dos jogadores que festejaram a queda de Muricy. O assunto também foi abordado pela revista Placar, que aponta cinco "bombas" que o São Paulo precisa desarmar para não sucumbir aos seus erros. Os processos movidos contra o clube pelos garotos mostra apenas parte do pavio da série de explosivos espalhados pelo Morumbi. "A base do São Paulo é chamada de 'Time da Morte", porque todos sabem que ninguém chega no profissional", diz Oscar, um dos que entraram na justiça contra o Tricolor. Então veja aí as 5 bombas que está estourando nlo clube segundo a revista placar:
1. Guerra de agentes: A briga de agentes com a diretoria e entre os próprios empresários é uma amostra da batalha que assola Cotia, berçário do clube. "Eu ignoro essa gente. Aqui é um jogo militar, não entra, não é recebido", afirmou o presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio. Porém, do outro lado, agentes insinuam, sem citar nomes, que a diretoria tricolor age assim para favorecer algum empresário em especial. Tadeu Cruz, filho do auxiliar-técnico Milton Cruz, é homem de confiança de Juvenal e se tornou agente Fifa em 2009, fato que pode causar ciumeira nos outros agentes. Mais uma pimenta para o problema.
2. Efeito cascata: O clima bélico entre diretoria e base aumenta a pressão para que os garotos que ainda estão por lá sejam promovidos. Wagner Ribeiro, agente de Marcelinho, revelação da Copa São Paulo, já ameaça tirá-lo do Morumbi caso o jogador não receba atenção e chance para jogar. Também pode haver reflexo nas futuras contratações. Giuliano Bertolucci, empresário de Oscar, e persona non grata no Morumbi, tem clientes consagrados como Elano e Luisão, da seleção brasileira, e, caso o clube se interesse por esses e outros atletas gerenciados pelo agente, deverá ser preterido. A rusga pode ser mais um obstáculo para o Tricolor negociar com clubes europeus. Bertolucci tem contatos no Benfica, na Inglaterra e na Turquia.
3. Falta de dinheiro: O clube não convenceu a LG a pagar cerca de R$ 30 milhões ao ano, quase o dobro do contrato anterior, e ficou sem patrocínio. De momento, está jogando com a camisa "limpa". O São Paulo agora pretende fechar contratos de patrocínio avulsos, ou seja, de um jogo só, ou por períodos curtos de tempo. Em 2009, o Corinthians virou motivo de chacota no Morumbi justamente por ter recorrido a este tipo de patrocínio.
4. Ataques ao comando: Juvenal Juvêncio, antes unanimidade, começa a sofrer ataques dentro da diretoria do clube, ainda que de forma velada. Houve até um certo entrevero entre Juvenal e Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do clube. Cunha deu declarações dizendo haver erros no comando da base e "JJ" disparou: "Quem entende de futebol é só 1%. O resto é assistente". Cunha baixou a guarda: "Se ele não concorda, tudo bem. É ele quem manda."
5. Justiça em cima: A pilha de processos em cima da mesa dos advogados são-paulinos não tem apenas casos de atletas da base. Desde 2003, 21 jogadores acionaram o clube. Entre os atletas que brigam com o São Paulo na justiça estão Amoroso, Souza e Aloísio, trio campeão mundial em 2005. Acusações de coação contra o clube não são inéditas. Em 2009, o São Paulo assinou no Ministério Público do Trabalho um Termo de Ajustamento de Conduta, comprometendo-se a não coagir ex-funcionários que entram na justiça em busca de indenização.(Fonte: Yahoo). E a conclusãi disso tudo: Nem tudo é um mar de rosas, também ha dias em que a chuva cai, e ela chegou grossa no São Paulo. È uma das melhores estruturas do país sem dúvida, mas não é assim tão mágico e maravilhoso como pintam algums programas e jornais esportivos dizem.
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