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Medicina tem maior remuneração e escassez de profissionais

06 julho 2013

Medicina é a carreira de ensino superior com o melhor desempenho trabalhista e com maior escassez de profissionais, revelou estudo do Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada) divulgado na quarta-feira (3). Um ranking criado pelo instituto considerando quatro variáveis -salários, jornada de trabalho, cobertura previdenciária e taxa de ocupação- mostrou que os médicos têm o melhor resultado global. Considerando dados de 48 profissões de todo o país, a medicina é a carreira que oferece o maior salário médio (R$ 6.940,12) e a maior taxa de ocupação (91,8% dos profissionais estão trabalhando). Além disso, possui a décima maior cobertura previdenciária: 90,7% dos trabalhadores tem algum plano de aposentadoria, seja público ou privado. O bom desempenho da categoria nesses três critérios compensou o posicionamento ruim no ranking de jornada de trabalho. Dos 48 grupos de profissionais analisados, o de médico é o quarto que mais trabalha. Sua jornada média semanal é de 42,03 horas. 

 De acordo com Marcelo Neri, ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e presidente do Ipea, os números revelam que há uma escassez de médicos no país. Ele disse que o estudo busca dar informações úteis para elaboração de políticas públicas que ataquem esse problema, mas ressaltou que a pesquisa teve início antes da presidente Dilma Rousseff propor a importação de médicos de outros países, não tendo intuito de corroborá-la. Ele indicou, porém, que a atração de "talentos" do exterior pode ser interessante se feita tomando o cuidado de trazer profissionais de qualidade e de preservar os direitos dos médicos brasileiros. 

Para Neri, a falta de profissionais é um bom problema, muito melhor do que crise de desemprego. "A maior gravidade desse problema é que para você formar pessoas com qualidade demora tempo. Os indicadores não deixam dúvidas de que faltam médicos", afirmou. Neri destacou que a distribuição de médicos não é homogênea no país. Há um grande número de profissionais no Sudeste e uma enorme carência principalmente na região Norte, quando comparado o número de médicos com o tamanho da população dessas regiões.  Mas a questão ainda tem vários outros pontos a serem discutidos. Só pra citar alguns como exemplo, além da demora em formar os profissionais, o auto custo para cursar medicina no país também é um agravante muito forte, e ainda tem muitos profissionais que não querem trabalhar na zona rural das cidades e isso é fato comprovado, além de alguns só quererem montar o seu próprio consultório para atender particularmente. Em relação a saúde e a falta de médicos no Brasil, ainda há muito o que se discutir, certeza mesmo só uma, o médicos trabalham muito. 

 
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