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Exército derruba presidente do Egito e anuncia governo de transição

03 julho 2013

Mohamed Mursi não é mais presidente do Egito. O chefe do Exército, Abdel Fattah Al Sisi, anunciou a criação de um governo de transição e a convocação de eleições. Os planos anunciados preveem a suspensão temporária da Constituição, a formação de um governo tecnocrata e a transferência da administração dos assuntos de estado e da preparação de eleições presidenciais para uma Corte Constitucional. O chefe da Corte, Adli Mansour, deverá ser empossado como presidente interino nesta quinta. O anúncio foi recebido com festa por milhares de manifestantes que ocupavam a Praça Tahrir, no Cairo. “O Exército vê que o povo egípcio está pedindo a ele para ajudá-lo, não tomar o poder ou para reinar, mas para servir ao interesse público e proteger a revolução. Essa é a mensagem que as Forças Armadas receberam de todos os cantos do Egito”, disse o general, que também é ministro da Defesa.

Imagem da  TV estatal egípcia mostra o ministro da Defesa, Abdelfatah al-Sissi fazendo pronunciamento após o anúncio da queda do presidente Mohamed Mursi, nesta quarta-feira (3)


“O discurso do presidente na noite de ontem foi contrário às aspirações e demandas do povo. Foi necessário que as Forças Armadas consultassem figuras nacionais – políticas, religiosas e da juventude – e as que responderam concordaram em um roteiro que construirá um Egito forte uma sociedade egípcia unida”. Mursi manifestou-se pelas redes sociais e classificou o anúncio do Exército como um golpe militar. Ele tentou manter a postura desafiadora do pronunciamento desta terça, ao pedir a restauração da Constituição e chamar os cidadãos egípcios a seguir a lei e evitar um "derramamento de sangue". Também há informações de um áudio do agora ex-presidente divulgado a manifestantes favoráveis a Mursi, no qual ele diz que ainda é presidente, informou o jornal britânico The Guardian. A agência Al Ahram informou que canais de TV islâmicos, incluindo um canal de propriedade da Irmandade Muçulmana, foram fechados pela polícia e seus diretores foram detidos pouco depois do anúncio do Exército.

 O Egito registrou no último domingo as maiores manifestações desde a derrubada do ditador Hosni Mubarak, em 2011. O dia 30 de junho marcou um ano da posse de Mursi e milhares de pessaos foram às ruas para pedir sua renúncia. Depois do anúncio do Exército, nesta quarta, Mohamed El-Baradei afirmou que o roteiro de transição “garante a conquista da mais básica demanda do povo egípcio – ter eleições antecipadas durante um período de transição, enquanto a constituição é reescrita”. Considerado líder da oposição liberal, ele acrescentou: “Esperamos que esse roteiro seja o começo de um novo início da revolução de 25 de janeiro, no qual o povo egípcio pagou um preço alto para conseguir liberdade e dignidade”. ( Com informações da Veja)

 
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