Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (27) nos Estados Unidos sugere que fumar maconha de forma regular na adolescência reduz a capacidade intelectual de forma permanente na fase adulta.
Os pesquisadores compararam o quociente intelectual (IQ) de mil neozelandeses aos 13 anos e aos 38, incluindo fumantes regulares de maconha e não usuários.
Os resultados foram surpreendentes: registramos uma queda de oito pontos (no QI) entre os que começaram a fumar quando adolescentes e mantiveram o hábito de forma persistente aos 20 e 30 anos, afirmou a principal encarregada da pesquisa, Madeline Meier, psicóloga da Universidade de Duke.
Isto constitui uma grande diferença, explicou Meier à AFP. "Em média, o QI deve permanecer estável a medida que uma pessoa envelhece".
Entre os que participaram do estudo e não fumaram maconha o QI subiu até um ponto.
"Sabemos que o QI é determinante no acesso da pessoa à educação universitária e ao mercado de trabalho", destacou Meier. "Alguém que perde oito pontos de QI em sua adolescência aos vinte (anos) deve estar em desvantagem em relação a seus companheiros da mesma idade na maioria dos aspectos da vida".
A queda do QI não foi atribuída a diferenças na educação ou por abuso de outras substâncias, como álcool e outras drogas, destacou Meier. E não há dúvida do mal causado pela maconha, mas só para constatar, existem muitos ex-usários que conseguiram acesso a educação universitária e ao mercado de trabalho sem nenhum problema.