Se houvesse nocaute no vôlei, a final olímpica de Londres teria durado
apenas 21 minutos. Foi o tempo que as americanas gastaram para carimbar
nas brasileiras um primeiro set avassalador, com incríveis 15 pontos de
diferença. Mas a disputa não era de boxe e, além do mais, as meninas que
vestiam amarelo neste sábado conhecem muito bem a receita para ficar de
pé antes que a contagem chegue a dez. O contragolpe foi imediato na
segunda parcial, e, dali para a frente, a torcida que lotou a Arena em
Londres viu um Brasil gigante. Valente. Campeão. Bicampeão olímpico. A
vitória na final por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20, 25/17) mostra que os
Estados Unidos não são imbatíveis. Que Hooker não é inalcançável. Que as
meninas não têm medo de bicho-papão. E que José Roberto Guimarães é o
único dos 200 milhões de brasileiros capaz de encher o peito e dizer que
tem três ouros em Olimpíadas. Para um grupo tão acostumado a viradas
heroicas, nada mais adequado do que festejar a conquista trocando o
tradicional peixinho por cambalhotas em série no chão da quadra, diante
de um ginásio lotado e eufórico. ( Globoesporte)
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