O ex-presidente cubano Fidel Castro ratificou hoje que o governo da ilha "não cederá a chantagens e ao terror midiático", referindo-se às críticas de parte da comunidade internacional em relação a um possível desrespeito aos direitos humanos na ilha. Em um artigo publicado no jornal Granma, o líder da Revolução Cubana reiterou as declarações de seu irmão e presidente do país, Raúl Castro, o qual já havia afirmado no início do mês que "jamais cederá à chantagem". O governo cubano tem sido alvo de uma série de críticas devido à morte de Orlando Zapata Tamayo, preso opositor ao regime da ilha que faleceu em fevereiro após passar dois meses e meio em greve de fome pela libertação de outros detidos e por melhores condições de vida nos cárceres. No mesmo artigo, Fidel defendeu que nos últimos 50 anos -- desde que assumiu o poder -- nunca foram violadas "determinadas normas de conduta", como a "de não torturar jamais um cidadão". O ex-mandatário, que renunciou em 2008 devido a problemas de saúde, também relembrou que, na semana passada, se reuniu com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o qual, segundo ele, "é a pessoa que mais preocupa o império [Estados Unidos, ndr.] atualmente", já que é declaradamente contra Washington. O governo cubano acusa os Estados Unidos e a Europa de "patrocinarem" as críticas e as outras greves de fome que ainda são mantidas por dissidentes, como Guillermo Fariñas. A Comissão Cubana de Direitos Humanos estima que existam ao menos 201 presos políticos, os quais são considerados delinqüentes pelo governo. Ô briga interminável essa. E só para lembrar, mesmo estando fora do poder, o Fidel ainda mnda em tudo lá, e está mais que óbvio isso para a comunidade mundial.
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