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TERREMOTO PODE TER MATADO MAIS DE 100 MIL NO HAITI, DIZ PREMIER
O premier haitiano, Jean Max Bellerive, disse que o terremoto de 7 graus na escala Richter que se abateu sobre o país caribenho e devastou a capital Porto Príncipe pode ter causado a morte de mais de 100 mil pessoas. O tremor, o mais forte a atingir a nação caribenha em 200 anos, ocorreu às 16h53 locais (19h53 no horário de Brasília) e foi seguido por duas réplicas de menor intensidade, com 5,9 e 5,5 graus na escala Richter. O epicentro do sismo localizava-se 15 quilômetros distante de Porto Príncipe e a 10 quilômetros de profundidade. O subsecretário de Assistência Humanitária das Nações Unidas, John Holmes, afirmou que entre 3 e 3,5 milhões de haitianos foram afetados de um modo ou de outro pelo terremoto -- cerca de um terço da população total, que é de 9 milhões de habitantes. Só em Porto Príncipe moram mais de 2 milhões de pessoas. Até agora foram confirmadas as mortes de pelo menos 23 "capacetes azuis" -- membros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), operação de paz que atua no país centro-americano e está sob o comando do Brasil. Entre os militares falecidos estão onze brasileiros, um argentino, três jordanianos e oito chilenos. De acordo com a porta-voz do Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária (Ocha, na sigla em inglês), Elisabeth Byrs, há "entre 115 e 200 empregados da ONU desaparecidos após o terremoto de ontem no Haiti". Não se tem não notícias do chefe da missão da ONU, o tunisiano Hedi Annabi, e das demais pessoas que estavam no edifício-sede da entidade, que ruio. Há oito militares brasileiros e um uruguaio desaparecidos, além de vários feridos de diferentes nacionalidades. Segundo o comandante do Exército do Brasil, Enzo Peri, "as cifras de vítimas mudam todo o tempo". Ele e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, embarcaram hoje em direção a Porto Príncipe. Além dos onze soldados brasileiros, o país também registrou a morte da médica e fundadora da Pastoral da Saúde, Zilda Arns, que estava no Haiti para dar uma palestra. (Foto abixo).
O ministro da Defesa chileno, Francisco Vidal, informou que os 505 homens e mulheres que participam da força de paz na nação caribenha "felizmente" não tiveram "nenhum problema físico". Por outro lado, estão desaparecidas as chilenas Andrea Lois, funcionária da Minustah, e María Teresa Dowling, que estava junto a outras 300 pessoas em um hotel que desabou. Vários países anunciaram que mandarão ajudas humanitárias e financeiras ao Haiti. O Brasil determinou a liberação de US$ 10 milhões e o envio de dois aviões com 14 toneladas de alimentos -- sardinhas enlatadas, leite em pó, açúcar e água, entre outros produtos. A Força Aérea também disponibilizou oito aviões de carga para transportar outras ajudas. O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou que enviará, entre hoje e amanhã, equipes de socorro para acompanhar o resgate das vítimas. Já a Itália disponibilizará um milhão de euros e mandará uma missão humanitária para definir as prioridades no socorro aos feridos e desabrigados. A Espanha encaminhará três aeronaves com ajudas de emergência. A organização católica Caritas Espanhola também doará 175 mil euros à Caritas Haitiana, enquanto a entidade internacional de apoio à infância Plan liberará um fundo de 70 mil euros. A Alemanha pretende enviar 1,5 milhão de euros e contribuir com 500 mil euros através de seu Ministério do Desenvolvimento. A ONG alemã Welthungerilfe disponibilizará 100 mil euros para assistir a população haitiana. O Canadá encaminhará uma "força de intervenção", com um avião militar transportando uma tripulação especializada em emergência e equipamentos médicos. A Venezuela anunciou o envio de uma missão com 19 médicos, 10 bombeiros, 17 profissionais da Defesa Civil e três membros das Forças Armadas Bolivarianas, além de equipamentos, remédios, água potável e alimentos não-perecíveis. O governo panamenho colocou sua infraestrutura à disposição do Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária local. Além disso, habilitou um centro de coleta para que a população possa doar remédios, comida para bebês, alimentos enlatados e cereais. O Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID) desembolsará US$ 200 mil para um fundo de auxílio às vítimas do terremoto.
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