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Quem precisa de grandes gravadoras?

15 maio 2009

Artistas do primeiro escalão da música mundial estão encontrando uma forma inteligente de levar suas músicas diretamente aos fãs, e ganhando mais dinheiro do que nunca.
Quando os Smashing Punpkins anunciaram recentemente que estavam deixando o sistema de grandes gravadoras, eles se juntaram a um crescente grupo de músicos que se viram capazes de lançar música, se conectar com os fãs e ganhar mais dinheiro ao não trabalhar com uma major. "Estamos livres", diz o lider dos Smashing Punpkins, Billy Gorgan, que pretende distribuir canções diretamente para os fãs pela internet. Recente esses artistas lançaram músicas sem o suporte de uma grande gravadora. Mas há quem critique. Por exemplo, Robert Smith, do The Cure, disparou contra a estrategia do "pague o que quiser" adotada pelo Radiohead. À época do lançamento de In Rainbows, ele disse que a banda teve uma ideia idiota. Polêmicas à parte, essa nova tendência sinaliza uma mudança na maneira de pensar de artistas e empresários, isso graças à distribuição digital em sites como o Myspace e YouTube, além do crescente contigente de empresas aos artistas. As gravadoras se tornaram menos necessárias do que nunca.
A ideia de lançar música de uma forma idependente, mantendo maior parte do lucro não é nova. Em 1999, o cantor e compositor Jimmy Buffet lançou o seu próprio selo, após ter se frustrado com as políticas de gravadoras. De qualquer forma o senso comum diz que artistas bem estabelecidos podem se dar bem fora das grandes gravadoras, mas as bandas novas, principalmente artistas do mainstream que dependem da divulgação em rádio, do empurrão promocional, publicitário e de maketing que as grandes gravadoras podem oferecer.
Mas isso é menos verdadeiro do que nunca. A cantora e compositora Ingrid Michaelson, lançou seu album de estréia, Girls and Boys, em seu próprio selo, Gabin 24. Quando suas músicas foram tocadas no seriado Greys' anatomy, gravadoras começaram a ligar, mas ela decidiu permanecer por conta própria. "Está indo muito bem, e não devo nada a ninguém", ela adimite. "Então porque iriamos dar o poder de escolha para outra pessoa?" E pelo visto, esse assunto ainda vai dar muito pano pra manga.

Autor: Evan Serpick, Revista Rolling Stone

Postado por Wilke Lima

 
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