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Crepúsculo
Bela Lugosi está morta. Christopher Lee não atua há decadas em filmes de terror. Ambos encarnaram o Drácula e definiram o arquetipo do mito do vampiro no cinema, mas o personagem dantesco, de figura assustadora e simultaneamente sedutora, consagrado pelos dois atores e adotado por tantos outros ao longo dos últimos anos, recebe as primeiras pás de terra sobre sua tumba. A literatura e o cinema conteporâneo desenham novos traços para essa mesma mitologia.
Menos grotesco, hoje os contos vampirescos se misturam à vida real. A escritora norte-americana Stephanie Meyer inseriu um vampiro de aparente 17 anos entre salas de aulas e dramas típicos da adolescência como objeto de desejo de uma garota. Lançado em 2005, o livro Twilight (Crepúsculo) e outros desse mesmo gênero chegou à casa dos 45 milhôes de exemplares vendidos em todo mundo. Crepúsculo no cinema, arrecadou mais de 70 milhôes de dólares nos primeiros três dias de exibição. No filme Crepúsculo, nem sinal da figura tenebrosa de Nosferatu, ou do ícone sinistro interpretado por Gary Oldman em Drácula de Bram Stoker (1992). A subistituição por seres imortais de aparência confiável que, por vezes, lutam contra seus instintos primitivos dá ínicio a uma nova fase do mito de mais fácil aceitação e assimilação.
Em resumo, Crepúsculo injetou uma aura pop na mitologia dos vampiros e trouxe sangue novo para as histórias.
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Fonte: Revista Rollingstone.Março 2009
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