Blog parado por tempo indeterminado

Em seu terceiro mandato, Angela Merkel segue sendo amada e odiada.

24 setembro 2013

Angela Merkel venceu as eleições legislativas da Alemanha no ultimo domingo e abocanhou seu terceiro mandato como chanceler do país. O resultado das eleições, no entanto, não representou a vontade de uma maioria absoluta. Merkel e seu partido democrata-cristão (CDU/CSU) conquistaram 41,5% dos votos, o que garantiu apenas 304 cadeiras das 606 do Parlamento. Em relação às eleições de 2009, houve um avanço de quase oito pontos. O partido FDP, aliado liberal de Merkel, não atingiu o mínimo de 5% e ficou fora do Bundestag pela primeira vez na história. O FDP atingiu 4,8%. Merkel deve realizar uma grande coalizão com o partido social-democrata SPD, que obteve 25,7% dos votos. Filha de um pastor protestante, casada duas vezes e sem filhos, Merkel demonstrou, com esta forte vitória, que continua sendo muito popular no país. 

Já seus sócios liberais devem ficar de fora do Parlamento, segundo as estimativas. Depois de oito anos no comando da principal economia da Europa, e três liderando a busca de uma saída para a crise na Eurozona, Merkel se mostra preparada para dirigir o país por outro mandato, sem que sua imagem pareça sofrer o desgaste do poder e os efeitos da crise econômica mundial. Nascida e formada na ex-Alemanha Oriental, a líder conservadora é chamada às vezes "a chanceler de ferro" pela defesa ferrenha das políticas de austeridade. Mas os alemães também a chamam de "Mutti" (mamãe), porque inspira a eles uma grande segurança em meio à turbulência europeia. No exterior, no entanto, sua figura irrita, provoca revolta e até indignação. 

Manifestantes irritados protestaram nas ruas de Atenas, Lisboa e Madri. Eles atribuíram a Merkel os cortes orçamentários que, segundo os críticos, estão derrubando as economias seus países e levando o índice de desemprego a níveis recordes. Os gregos a detestam e a acusam de ter o desejo de deixar Atenas de joelhos. "Merkel, fora!", gritaram em passeatas e protestos milhares de manifestantes destas capitais. Alguns chegaram a exibir cartazes com caricaturas de Merkel, que aparece com um bigode estilo Hitler e vestida com uniforme nazista. "Estou determinada a ver a Europa emergir mais forte da crise", insiste Merkel, dentro e fora do país. De toda forma, Merkel segue sendo amada e odiada, mas com um plano que até o momento não permite a Alemanha entra num profunda crise financeira, que ajuda outros países, porém que parece não dar muito certo para outros. 

 
Connect Brazil © 2009-2014. Tamplate 2014 personalizado por Joilson Aguiar | Home | Contato | Twitter | Facebook | Feed | Youtube |