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Argentina para em dia de greve geral

10 abril 2014

Sindicatos opositores ao governo da presidente argentina, Cristina Kirchner realizam hoje (10) uma greve geral contra a política econômica e por reajuste de salários, em meio a manifestações em pontos estratégicos de acesso e alguns acidentes. Grupos de esquerda cortaram a rota Panamericana, uma das principais vias de acesso a Buenos Aires, e entraram em confronto com agentes da polícia. "Há uma grande adesão" à paralisação, disse um dos organizadores da medida, o ex-sindicalista Luis Barrionuevo, titular da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) Azul e Branca. A greve foi convocada também pela CGT liderada pelo ex-sindicalista Hugo Mayano. A paralisação se estende ao transporte público, o que somado às manifestações impede o acesso a seus trabalhos das pessoas que não aderiram à greve. Pelo menos uma pessoa foi detida. Segundo o jornal La Nación, pelo menos duas pessoas ficaram feridas - um manifestante e um policial. Ambos foram socorridos. 

Após o momento de tensão, a situação se acalmou na região. Em entrevista coletiva, o chefe de gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, afirmou que os organizadores da greve "pretendem sitiar os grandes centros urbanos com um grande piquete nacional", em referência aos 40 cortes e bloqueios de vias estabelecidos em todo o país. "Essa é uma antiga metodologia medieval. Na Idade Média, os senhores feudais impediam o acesso à população. Não há lugar para a barbárie nem para medidas que conspiram contra o livre direito de greve dos trabalhadores", disse Capitanich. "O direito a greve é um direito consagrado na Constituição e me parece completamente legítimo seu uso", argumentou o chefe de Gabinete, embora "o que não se pode fazer é impedir o livre exercício desse direito", acrescentou. "Há trabalhadores que não estão de acordo e não podem ir para seus lugares de trabalho", denunciou. 

A Argentina sofre com uma das maiores taxas de inflação do mundo enquanto a economia dá sinais de esgotamento após quase uma década de forte crescimento. A tabela salarial sobre a qual incide o imposto foi atualizada apenas em anos recentes e acabou defasada por causa dos ajustes salariais em decorrência da elevada inflação, que supera os 30% anuais. O governo afirmou que o protesto tem motivos políticos e não sindicais, ao acusar os sindicalistas de estarem alinhados com o líder opositor Sergio Massa, um peronista que abandonou o governo e agrupa atrás de si as forças de oposição, visando as eleições presidenciais no fim de 2015.( Com informações da ANSA e G1)

 
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