SP |
Ao menos 30 mil manifestantes participam do quinto grande ato contra o aumento da tarifa de ônibus realizado na zona oeste da capital paulista, por volta das 18h desta segunda-feira (17), segundo estimativa preliminar da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Segundo gritos dos participantes, o grupo segue para a ponte Estaiada. Os participantes fecham a avenida Faria Lima, da altura da rua Cardeal Arcoverde até a avenida Presidente Juscelino Kubitschek, em ambos os sentidos, e também a marginal Pinheiros, na altura do Jockey, sentido Interlagos.
Por volta das 18h20, o movimento se dividiu, uma parte seguiu pela avenida Faria Lima e a outra subiu a avenida Rebouças, mas logo retornou.
Nenhum registro de confronto entre manifestantes e policiais foi notificado na primeira hora do ato, que começou por volta das 17h. Segundo o 14º DP, região de Pinheiros, até as 18h21, não havia sido registrado nenhum boletim de ocorrência vinculado ao protesto. Mais de 268 mil pessoas confirmaram, na página do ato no Facebook, participação na manifestação. "Não é comício, fora partidos", gritavam os participantes durante a concentração do ato no largo da Batata, ao pedirem para que militantes dos partidos PSTU e Psol não exibam suas bandeiras na passeata, que estão na verdade se aproveitando do momento para se promoverem.
Belo Horizonte |
Já em Belo Horizonte, embora tenha ocorrido de forma pacífica durante boa parte do tempo, a manifestação iniciada no começo da tarde desta segunda-feira pelas ruas da capital mineira foi marcada por um tumulto generalizado, com a Polícia Militar usando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter os manifestantes, que reagiram atirando pedras nos policiais. A confusão teve início ainda durante a partida entre Taiti e Nigéria, no Mineirão, pela Copa das Confederações.
RJ |
E não para por aí. De acordo com a Polícia Militar, , até às 18h50 desta segunda-feira havia 15 mil pessoas protestando no Centro do Rio contra o aumento da passagem do transporte público. Segundo um policial, o número não pára de crescer. Às 18h, a passeata ocupava pelo menos quatro quadras da Avenida Rio Branco. Até este horário, a manifestação era pacífica. Às 18h25, manifestantes chegaram ao Largo da Carioca. Eles seguirão até a Cinelândia, no Centro.
Grande parte das pessoas vestem camisas brancas e gritam "sem violência". O grito "Cabral é ditador" também é reproduzido. Do alto de prédios, funcionários jogam papel picado em apoio ao ato. Um grupo de manifestantes não concordaram com pessoas carregando bandeiras de partidos políticos e segmentaram o protesto, gritando: "Nós não temos partido".
Brasília |
E falando em partido, a casa da política no Brasil não poderia ficar de fora dos protestos. Após serem contidos por um cordão de isolamento da Polícia Militar, dezenas de manifestantes conseguiram furar o bloqueio e invadiram a área externa do Congresso Nacional, em Brasília, nesta segunda-feira (17), aos gritos de "a-ha, u-hu, o Congresso é nosso". Eles ocuparam a marquise onde ficam as duas cúpulas, da Câmara e do Senado.
Até às 19h25, os manifestantes não haviam sido detidos -- a PM apenas os orientou para que voltassem ao grupo.
Os ativistas participam de um protesto que pede recursos para educação, saúde, passe livre no transporte público e contra os gastos públicos na Copa das Confederações e do Mundo (2014). A manifestação ocorre simultaneamente em várias outras cidades do país como Bahia, Alagoas e várias outras. È uma pena que em algumas cidades ainda esteja tendo confrontos entre manifestantes e policias. Mas estes protestos são uma prova de que os brasileiros não são tão cômodos quanto alguns pensam, e que nós sabemos protestar sim, mesmo que tenha que ser na raça e contra governos e policias, afinal, para quem já tirou um presidente do cargo, pode muito bem conseguir diminuir a passagens de ônibus abusivas.