O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu no Rio às 21h55 desta quarta-feira (5). Ele estava internado desde 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras, Niemeyer completaria 105 anos em 15 de dezembro. Nesta quarta, um boletim médico informava que o estado de saúde do arquiteto havia piorado e era considerado grave.
Infográfico Niemeyer (Foto: Arte/G1)
Ainda segundo o hospital, Niemeyer respirava com a ajuda de aparelhos e encontrava-se sedado por causa de uma infecção respiratória. Com sua atração por “curvas livres e sensuais”, o comunista inveterado Oscar Niemeyer se tornou um dos arquitetos mais influentes da arquitetura moderna internacional.
Até a morte, aos 104 anos, o carioca Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho se manteve fiel aos ideais do comunismo e continuou desenhando, fazendo projetos - sempre ricos em curvas, como as que encontrava “nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida.”
Considerado um pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado, fez com o material curvas até então consideradas impossíveis. Niemeyer recebeu diversos prêmios por seu trabalho e trajetória política, sendo sua obra mais conhecida a cidade de Brasília, projetada em parceria com Lúcio Costa (1902-1998).
Na capital, o arquiteto desenhou o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, a Igrejinha de Brasília e a Catedral Metropolitana Nossa Senhora de Aparecida.
Pelo país, destacam-se, em São Paulo, o Copan, o Parque do Ibirapuera - com o Auditório e a Oca -, a Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), e os museus de Arte Contemporânea de Niterói e o Oscar Niemeyer, em Curitiba (PR). Fora do Brasil, os projetos mais conhecidos do arquiteto são a sede das Nações Unidas, em Nova York e a sede do Partido Comunista da França, além de projetos na Argélia, Portugal e Itália. ( Com informações do G1 e da Band )