O Ministério da Saúde (MS) vai incorporar o Trastuzumabe, um dos mais
eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, no Sistema Único
de Saúde (SUS). Essa iniciativa faz parte do Plano Nacional de
Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de
Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica no país, lançado
pela presidenta Dilma Rousseff, no ano passado. O ministério investirá
R$130 milhões/ano para disponibilizar o medicamento à população. O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente
entre as mulheres, com uma estimativa de mais 1,15 milhão de novos casos
a cada ano, e responsável por 411.093 mortes a cada ano. No Brasil,
estimam-se 52.680 novos casos em 2012/2013. Em 2010 ocorreram 12.812
mortes por causa da doença. E neste ano, o Ministério da Saúde já
custeou mais de 100 mil procedimentos para quimioterapia do câncer de
mama inicial ou localmente avançado.
“A expectativa é que o Trastuzumabe beneficie 20% das mulheres com
câncer de mama em estágio inicial e avançado”, afirma o ministro da
saúde, Alexandre Padilha. A partir da publicação, nesta semana, no Diário Oficial da União (DOU),
o SUS tem prazo de 180 dias para efetivação de sua oferta á população
brasileira. E o novo medicamento diminui em 22% o risco de morte de
mulheres com a doença e ainda reduz as chances de reincidência do
câncer. A incorporação do Trastuzumabe foi aprovada pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para o tratamento de
câncer de mama inicial e avançado.