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Usuários estão se cansando das redes sociais, diz pesquisa

17 agosto 2011

Uma pesquisa realizada pela Gartner com usuários de redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut afirma que "há sinais de maturidade no mercado" e há grupos de internautas que estão mostrando uma espécie de "fadiga das mídias sociais". Um levantamento sobre uso, frequência de acessos e opiniões dos usuários, com objetivo de analisar tendências feito com 6.295 pessoas, com idade entre 13 e 74 anos, em 11 mercados desenvolvidos e em desenvolvimento entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, mostra que parte significativa dos entrevistados disse que está usando menos as redes sociais. Dos participantes, 24% disseram que usam seu site de rede social favorito com menos frequência do que quando se inscreveu. O grupo com maioria de 'early adopters' mostrou tendências em optar por mais praticidade e se entendiar mais facilmente. Entretanto, outro grupo mais entusiasmado e também mais jovem, que corresponde a 37% dos entrevistados, afirmaram que estão usando sites de redes socais ainda mais e são os mais interessados em inovações.

- Os adolescentes e os que estavam perto dos seus vinte anos eram significativamente mais propensos a dizer que tinha aumentado a frequência no uso de redes sociais - disse Charlotte Patrick, analista de pesquisas do Gartner. - Enquanto uma fatia significante que representa outro extremo da pesquisa - e que mostra um certo equilíbrio entre faixas etárias - afirmou estar usando menos os sites de redes sociais - disse. A pesquisa levantou uma pequena mostra de usuários, entretanto aponta para uma "fadiga das redes sociais" entre os usuários mais antigos, de acordo com Brian Blau, diretor de pesquisas da Gartner. Os resultados do levantamento que mostram que 31% dos mais jovens também indicaram que já estão ficando entediados com seu site preferido.

- É uma situação em que os fornecedores de mídias sociais devem monitorar e decidir como terão que inovar para manter a atenção dessas pessoas - afirmou Blau. - A nova geração de consumidores é inquieta e em gasta pouco tempo no site, é preciso muita criatividade para gerar um impacto significativo - acrescentou Blau que acredita que mudanças são necessárias para prender o interesse em plataformas consideradas "antigas". Outros 33% dos entrevistados disseram estarem preocupados com a privacidade on-line, uma tensão mais frequente nos mais velhos e não tão presente do discurso dos mais jovens que afirmaram que a falta de privacidade ainda não é um fator que os incomode.


Segundo o Gartner, os mercados mais equilibrados para sites de redes socais são Japão, Reino Unido e EUA, que apresentaram cerca de 40% dos entrevistados usando cada vez mais seus sites preferidos do que quando começaram, outros 40% usando da mesma forma e cerca de 20% usando cada vez menos. Entre os mais entusiasmados estão Coreia do Sul e Itália com cerca de 50% dos entrevistados afirmando que usam sites de redes socais com mais frequência do que quando se inscreveram neles. Países com mais usuários entrevistados mostraram sinais da fadiga como Brasil e Rússia, com uma faixa entre 30% e 40% das pessoas afirmando terem menos entusiasmo com as redes hoje do que antes, quando as conheceram. Ainda de acordo com a pesquisa gigantes do setor como o Facebook continuam em progresso em países onde "não são historicamente fortes" e estão começando a conquistar os usuários de forma tardia.

A pesquisa ouviu 581 pessoas no Brasil, um dos países onde mais usuários foram entrevistados. E de acordo com análise da BBC, o Orkut, rede social da Google, ainda é o líder em usuários, seguido pelo YouTube - que apresenta também funções sociais - e pelo Facebook. "O Brasil é normalmente é citado como um dos países que adotam com entusiasmo as redes sociais, mas nossa amostra de entrevistados não exibiu essa tendência", afirma a Gartner em relatório. "O uso foi médio e centrado principalmente no Orkut e no Facebook, com uma das taxas mais altas de uso em serviços de mensagem instantânea e sites de chat entre os usuários com até 40 anos", afirma. Contrariando expectativas, os brasileiros também mostraram maior preocupação com a privacidade do que usuários de outros países. Cerca de 46% disseram que o tema preocupa ao acessar as redes sociais. A média geral em todo mundo é de 33% de usuários aflitos com a exposição da vida pessoal.














 
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