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Privacidade nas redes sociais: Para quê? Quem quer?

28 agosto 2011


Reclamações de exposição indevida de dados privados de usuários do Facebook não são novidade na história da rede social. Atento a essa insatisfação, mas não só, o site de Mark Zuckerberg apresentou nesta terça-feira a maior mudança de sua história, simplificando as configurações de privacidade. Além de agradar usuários, o Facebook quer evitar atritos com órgãos reguladores estatais e entidades que inundam a web com críticas à rede, além, é claro, de tentar conter o avanço do Google+, rede social da gigante de buscas. Mas será que a massa de usuários se preocupa mesmo com isso? Em maio de 2010, problemas técnicos que permitiram a exibição de conversas privadas entre usuários provocaram uma onda de protestos contra o Facebook. Insatisfeitos, usuários fizeram barulho, divulgando na rede uma data – 31 de maio – em que todos deveriam abandonar o serviço. “Se você concorda que o Facebook não respeita você, seus dados ou o futuro da web, talvez queira se juntar a nós”, dizia o comunicado. Deu, como se sabe, em nada. Menos de 40.000 pessoas aderiram à iniciativa – nada, comparadas aos 750 milhões de usuários.

Outra tentativa malograda partiu de quatro estudantes da Universidade de Nova York. Em setembro de 2010, eles anunciaram a criação do Diaspora, concebido como uma alternativa ao Facebook, com uma linha nítida de separação entre os serviços. “Queremos recolocar o usuário no controle do conteúdo que ele compartilha”, afirmou o fundador Max Salzberg em entrevista ao jornal The New York Times. O projeto arrecadou mais de 200.000 dólares em doações de 6.500 pessoas – entre os benfeitores estaria o próprio fundador do Facebook, Mark Zuckerberg. Deu, novamente, como se sabe, em nada. O projeto não saiu do papel: está em fase de experimentação e ainda sem uma data oficial de lançamento ao público.

Dos dois episódios, pode-se concluir que, sim, há uma preocupação a respeito da eventual exibição não autorizada de dados privados. Daí a essa inquietação pautar o comportamento dos usuários em rede é tese a ser comprovada. Parte dos usuários, maioria por ora, parece ainda não ter consciência do quão delicado é tornar públicas informações pessoais como nome, sobrenome, foto, sexo e lista de amigos. Além de revelar dados pessoais, esses dados são minas de ouros nas mãos de empresas, uma vez que os conteúdos podem alimentar ações publicitárias dirigidas a perfis de potenciais consumidores. A reportagem é da Veja.

Rede social, para certo grupo, é sinônimo de exposição e visibilidade. É uma ferramenta útil na tarefa de conhecer pessoas e, portanto, expandir horizontes. É possível que, a certa altura, o zelo pela privacidade se sobreponha a esse interesse. Mas isso só deve acontecer quando as redes de contatos pessoais se consolidarem. Por ora, isso ainda não aconteceu. E tem mais, se você quer privacidade nas redes sociais, então não participa em nenhuma.  Divulgar os mesmo interesses, se auto promover, fazer novas amizades, discutir temas, brincar e fazer aquela velha resenha com os amigos, ver fotos e comentar e muitas outras coisas, são ações marcantes nas redes sociais e se você não faz isso, ficará simplesmente paralisado nelas. A privacidade nas redes sociais deve se resumir apenas ao seu endereço, telefone, sua localização e outros detalhes a mais que não devem ser compartilhados com estranhos. Mas no mais, as redes sociais estão aí, e não importa qual seja sua configuração de privacidade, mais cedo ou mais tarde, pode haver um problema e elas poderão ser reveladas. Portanto, compartilhe o necessário, e não se esqueça, se você quer privacidade, então entre para o seu quarto e feche a porta, porque nas redes sociais, privacidade talvez jamais será 100%

 
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