Os venezuelanos atenderam o último pedido de Hugo Chávez em vida e
elegeram Nicolás Maduro neste domingo como seu sucessor para liderar o
país sul-americano até 2019. A vitória de Maduro sobre Henrique
Capriles, no entanto, foi apertada. Apenas 1,59% foi a diferença que
renovou a força chavista na Venezuela. O até então presidente interino recebeu 50,66% dos votos e o
candidato da oposição ficou com 49,07%. As informações foram divulgadas
pela chefe do conselho eleitoral, Tibisay Lucena, que aconselhou os
cidadãos venezuelanos a permanecerem em casa e respeitar a decisão.
Quando disputou a última eleição com Chávez em outubro do ano passado,
Capriles perdeu por uma diferença de 10 pontos percentuais.
Com o resultado do pleito, um dos principais desafios do presidente
eleito será governar um país completamente dividido entre dois estilos
diferentes. Além disso, Nicolás Maduro enfrentará a missão de se afirmar
como personalidade distinta de Chávez, que estava no poder da Venezuela
há 14 anos. A inflação é um dos percalços que o novo presidente também
deverá superar, já que o índice inflacionário do país é o maior da
América Latina. Chávez declarou antes de morrer que desejava que Maduro, seu vice na
época, assumisse o governo caso ele não tivesse possibilidade. E como ele mandava praticamente em todo o país, os seus eleitores fiéis assim fizeram, para que o chavismo continue sendo controlado pelo seu partido e modo de governar, agora com o Nicolás Maduro, que terá uma grande desafio pela frente.