Um homem usando uniforme policial abriu fogo nesta sexta-feira (22) em um comício das juventudes trabalhistas em Utoeya, uma ilha na periferia da capital, Oslo, informou a televisão pública NRK. Cinco pessoas teriam ficado feridas. As informações são contraditórias. Outras fontes relatam que o ataque teria ocorrido em um acampamento de verão dos jovens trabalhistas, com cerca de 700 participantes. Outras dizem que haveria pelo menos quatro mortos e que disparos continuavam sendo feitos. A polícia limitou-se a confirmar que ocorreu um incidente na ilha, local que o primeiro-ministro Jens Stoltenberg havia inicialmente previsto visitar nesta sexta-feira. Também não se sabe ao certo quatoas pessoas teria morrido.
A polícia também pediu aos habitantes que evitem as grandes concentrações e permaneçam em casa em função da situação. A imprensa relata que poderia haver outras bombas na região. Não está claro se a explosão em Oslo e o tiroteio na ilha têm relação. As autoridades ainda não falam de atentado e nem a explosão foi reivindicada, mas a imprensa afirma que o alvo da ação seria o primeiro-ministro, que não se encontrava em seu escritório no momento. A explosão quebrou várias janelas do prédio de 17 andares em que o premiê, Jens Stoltenberg, despacha, e danificou gravemente prédios em praticamente um quarteirão inteiro, incluindo o local onde funciona a redação do jornal de grande circulação "Verdens Gang" (VG). O secretário de Estado Kristian Amundsen disse que se trata da pior situação de emergência já enfrentada pelo país.
Autoria:
O grupo jihadista Ansar Al Jihad Al Alami reivindicou os ataques terroristas ocorridos nesta sexta-feira (22) em Oslo, capital da Noruega, segundo o "New York Times".O jornal cita um analista do instituto norte-americano de estudos sobre terrorismo CNA. Segundo comunicado do grupo islâmico, o atentado foi uma resposta à presença norueguesa na guerra do Afeganistão. O analista de terrorismo Evan Kohlmann, citado pela Al Jazeera, publicou comentários postados por usuários de um fórum usado por membros de grupos ligados à al-Qaeda, em que aparecem ameaças contra a Noruega e comentários sobre o ataque. Abu Sulayman al-Nasir, líder do grupo Ansar al Jihad Al Alami , teria postado os seguintes comentários: "Hoje, a Noruega virou alvo para servir de lição e exemplo às outras nações da Europa", e "A razão para atacar a Noruega... o mais importante é o apoio que o país dá à ocupação do Afeganistão e a insultos ao nosso Profeta". Ele também fez ameaças. "Nós dizemos a eles, aceitem as exigências do mujahideen, porque o que vocês veem é apenas o começo, e mais está por vir"O termo "mujahideen" é usado em referência a "muçulmanos que lutam no caminho de Deus".. A reportagem é do portal G1.
