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Com RicardoTeixeira calado, Brasil tenta blindar 2014 em 1º evento

30 julho 2011

O primeiro evento da Copa do Mundo de 2014 ocorreu neste sábado no Rio de Janeiro em tom pasteurizado e solene, buscando exaltar a "brasilidade" do Mundial. Enquanto ocorriam protestos na cidade, o sorteio das Eliminatórias buscou blindar a competição, e teve o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira, somente como um calado espectador. Principal alvo das manifestações, o polêmico dirigente permaneceu sentado ao lado de Pelé, embaixador honorário da Copa determinado pelo governo federal. Teixeira foi pouco citado durante os discursos, e recebeu poucos aplausos ao ser mencionado por Joseph Blatter, presidente da Fifa. Neste sábado, a Marina da Glória recebeu, além do sorteio, protestos contra a forma como a Copa do Mundo vem sendo conduzida. Manifestantes levaram cartazes pedindo a saída de Ricardo Teixeira e acusando a Fifa de ser corrupta. Dentro do evento, o tom foi diferente.



A presidente Dilma Rousseff buscou exaltar Pelé, chamando-o de "querido" e sem envolver o governo diretamente com a criticada organização da Copa. "Ganhamos cinco Copas do Mundo e aqui nasceram vários craques ao longo do tempo a começar pelo maior deles: Pelé, que fizemos questão de nomear embaixador da Copa do Mundo de 2014", afirmou a petista. "Somos um povo que ama o futebol, mas ama a liberdade, a Justiça e a paz... Desejo boa sorte a todos os participantes (do sorteio), sejam bem-vindos ao Brasil. O Brasil inteiro está jogando junto para fazer uma Copa do Mundo inesquecível e estaremos de braços abertos para receber todos com muito carinho na melhor e maior festa do esporte mais popular do mundo", disse Dilma.


Já Joseph Blatter ignorou os protestos ocorridos neste sábado no Rio de Janeiro e pediu ajuda dos "190 milhões de brasileiros" para a organização da Copa. "Nós necessitamos do apoio do governo do Brasil. Dos estados, das cidades, do Comitê Organizador Local e, o mais importante, do povo brasileiro. Temos 190 milhões de fãs de futebol aqui. É tudo uma questão de confiança. A Fifa acredita nas habilidades do Brasil", afirmou o presidente da Fifa. As personalidades convidadas a apresentar o sorteio mantiveram o tom discreto desejado pela organização. Zagallo, Ronaldo, Cafu, Zico, Bebeto, Lucas, Neymar, Lucas Piazon, Fellipe Bastos e Paulo Henrique Ganso foram econômicos nas palavras e apenas fizeram a parte deles ao escolher as bolinhas com os nomes das seleções. Pelé, que esteve presente somente por intervenção do governo federal, foi uma das personalidades mais citadas, esbanjando simpatia, mas permaneceu na plateia. O ídolo do Santos havia deixado a entender antes do evento que não recebeu convite. "Eu sempre representei o Brasil desde 1958. Sendo convidado ou não, trabalharia para representar o Brasil. Mas você só vai ao evento se for convidado... Eu só vou na sua casa se você me convida. A CBF tem o presidente Ricardo Teixeira, ele decidiu quem ele deve convidar. Se ele me convidasse eu estaria cooperando. Se ele não me convida eu não vou", disse Pelé antes do sorteio. O ex-camisa 10 do Santos não foi o único ícone do futebol a não ser convidado. Romário, que convidou Ricardo Teixeira à Câmara dos Deputados para explicar acusações de corrupção na organização da Copa do Mundo, foi ausência, enquanto o parceiro de ataque dele no Mundial de 1994, Bebeto, sorteou as Eliminatórias da Concacaf.  A reportagem é do Terra. Veja como ficou os grupos e os cobfrontos históricos e verdadeiros clássicos.

 
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