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Após escândalo do grampo, tabloide britânico vai fechar
Com a reputação manchada pelo escândalo das escutas ilegais, o tabloide britânico News of the World circula pela última vez no próximo domingo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo grupo News Internacional, que integra o conglomerado News Corp, do magnata das comunicações Rupert Murdoch. "Após ter consultado outros diretores, decidi que devemos tomar medidas contundentes em relação ao jornal. Neste domingo será publicada a última edição do News of the World", disse o filho de Rupert Murdoch, James Murdoch, presidente da News Internacional. Em comunicado, James assinalou que a imagem do tabloide, que tem 168 anos de história, foi manchada por um "comportamento errado".
O caso eclodiu em 2006, quando foi revelado que jornalistas do jornal mais vendido em língua inglesa recorriam a grampos para ter acesso a conversas de políticos e celebridades. A crise se acirrou no início de junho quando polícia britânica descobriu que personalidades como Kate Middleton (antes de se casar com o príncipe William) e o ex-premiê Tony Blair haviam sido alvos das escutas ilegais do News of the World. Nesta semana, o caso ganhou uma dimensão ainda maior com a revelação de que um dos alvos de escuta ilegal foi Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002 e depois foi encontrada morta. Mensagens de sua caixa postal foram apagadas pelos arapongas, de modo a liberar espaço para mais recados, o que induziu polícia e familiares a pensar que a garota ainda estivesse viva.
Também foram grampeados telefones de familiares de soldados britânicos mortos nas guerras do Iraque e do Afeganistão. Segundo disse nesta quinta-feira um agente encarregado pela investigação deste escândalo, mais de 4.000 pessoas podem ter sido vítimas das escutas ilegais do tabloide, que conta com uma tiragem de 2,8 milhões de exemplares, a maior da Grã-Bretanha. Pressionado pela repercussão do caso, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, anunciou que promoveria uma investigação para apurar o escândalo. A reportagem é da "Veja" com agência EFE.
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