Os parlamentares gregos aprovaram nesta quarta-feira o pacote de austeridade exigido pelo FMI e a UE, em meio a violentos confrontos entre manifestantes e a polícia do lado de fora do Parlamento. Uma contagem realizada pela AFP deu ao governo do primeiro-ministro George Papandreou os 151 votos necessários para levar avante as medidas para economizar 28,4 bilhões de euros (US$ 40 bilhões) no período 2012-2015, e assim obter a ajuda da União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Papandreou se comprometeu a fazer todo o possível para evitar o impacto da dívida do país. "Não há plano B para salvar a Grécia", insistiu na tribuna do Parlamento. "Faremos tudo para evitar ao país o que supõe a bancarrota", declarou, ao recordar o risco de que, neste caso, não poderão ser pagos salários ou aposentadorias. Do lado de fora do Parlamento, a polícia grega lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Para isso, está previsto a redução da força de trabalho do setor público em 25%, ao tempo que será elevada a 40 horas semanais a carga de trabalho e serão estipulados novos contrato com um salário mínimo de 500 euros mensais. Não é fácil mesmo o que ocorre na Grécia neste momento, mas a população fazendo protesto com violência também não vai resolver nada. Por mais que seja difícil a partir de gora, a população não precisa entender, e tem todo o direito de protestar pacificamente, mas deveria enxergar no minímo que este é um mal necessário neste momento.
