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Cesare Battisti deixa prisão. Itália levará caso ao Tribunal de Haia

09 junho 2011

O ex-ativista italiano Cesare Battisti foi libertado por volta da 0h desta quinta-feira (9), do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (8), de não extraditá-lo para o país de origem. Por 6 votos a 3, os ministros se posicionaram a favor da soltura e contra a extradição de Battisti, contrariando voto do relator, o ministro Gilmar Mendes. O carro em que Battisti saiu da penitenciária parou rapidamente na saída, momento em que os jornalistas fizeram fotos e registraram imagens, mas ele não falou com a imprensa. O ex-ativista sorria, apesar da fisionomia cansada. Luis Eduardo Barroso, advogado de Battisti, além de pedir a imprensa que dê tranquilidade ao seu cliente ainda mandou um recado aos italianos. “Sempre uma palavra de respeito e solidariedade para as vítimas dos anos de chumbo, ninguém é feliz com o que aconteceu. É preciso que se entenda que o Brasil é um país que tem tradição humanista, e a ideia de punir alguém, 32 anos depois, que participou de um embate ideológico, foge um pouco da compreensão política do Brasil”. E nisso ele tem razão, aqui é o país da impunidade, somos humanistas de mais.

O advogado lembrou que o Brasil é um país que deu a anistia aos militantes e a membros do governo envolvidos na ditaduta militar e que o país não é uma sociedade punitiva. “É preciso que a Itália compreenda a situação brasileira, a condição do Supremo e vire essa página. Eu estou convencido de que, em pouco tempo, isso será superado”. Outra coisa que eu concordo com ele, o Brasil não é uma sociedade punitiva, aliás quantos e quantos bandidos e assassinos matam por aí são presos e depois liberados? Quantos políticos roubam dinheiro e se quer vão presos? Ou seja, com certeza, não somos uma sociedade punitiva. E digo mais, se até o Bin Laden tivesse vindo para o Brasil, não teria morrido, e ainda estaria curtindo uma de celebridade indo a praia no Rio de Janeiro.

Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua por um tribunal italiano que o considerou culpado pelos assassinatos de quatro pessoas na década de 70, quando era militante do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), e sua extradição era exigida pela Itália. O ex-ativista foi detido no Rio de Janeiro em março de 2007, durante uma operação conjunta realizada por agentes de Brasil, França e Itália, e desde então estava preso no Brasil. Desde então a Itália tenta fazer com que o Battisti volte ao país e cumpra sua pena, mas o Brasil tem impedido que isso aconteça. Na minha opinião, Battisti é um problema da Itália, ele era militante de uma facção e se tem culpa ou não, é o seu país quem decide, e caberia claramente que o Brasil não se intrometesse, se não fosse um país tão humanitário e bomzinho para com os criminosos. O governo italiano lamentou nesta quinta-feira (9) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil de negar, na quarta (8), a extradição do ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, e anunciou que levará o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia, na Holanda.

 
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