Ainda que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tenha rejeitado a abertura de investigação contra Antonio Palocci, o ministro-chefe da Casa Civil formalizou nesta terça-feira sua demissão. Braço direito da presidente Dilma Rousseff, Palocci é a primeira baixa entre os principais integrantes do alto escalão do governo petista. Na noite de ontem, após a confirmação de que não seria investigado penalmente pelo chefe do Ministério Público, o ministro demissionário fizera um apelo para o retorno da "razão, equilíbrio e Justiça" ao embate político. Nesta tarde, Antonio Palocci encaminhou carta à presidente Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do governo. Ele argumentou que "continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo". O patrimônio do ex-ministro teria se multiplicado 20 vezes em quatro anos. O então ministro alegou que o lucro foi gerado por sua empresa de consultoria, a Projeto, dentro da legalidade e declarado à Receita Federal. No entanto, ele alegou que cláusulas de sigilo o impediam de revelar maiores detalhes sobre os contratos ou seus clientes.
Pressionado pela oposição e pela própria base para que apresentasse uma defesa em público, Palocci concedeu uma única entrevista sobre o tema. Na noite de 3 de junho, ele afirmou ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que sua empresa não atuou com contratos públicos, mas porém a entrevista não revelou nada de novo e nenhuma prova contra ou a favor de Palocci. O ministro disse que trabalhou em fusão de empresas, mas que nunca junto ao Banco Central, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ou ao Ministério da Fazenda para resolver problemas das empresas que procuraram seus serviços. Agora, para muitos, a saída de palocci pode parecer a assinatura de culpa, visto que não provou que o seu patrimônio aumentou de forma legal, já para outros e para ele mesmo, sua saída é vista como um ato de poupar o governo Dilma, visto que as acusações ainda prometiam durar muito tempo e o assunto ainda daria pana para manga o ano todo. fato é, que talvez tenha sido melhor assim, visto que o Palocci não quis apresentar as provas de sua inocência, se que que elas existem, pois pelo visto, ficará o dito como não dito. Certeza apenas de uma coisa podemos ter, é que depois de pedir demissão, não é o Palocci que sentirá falta do seu ótimo salário, afinal, ele sabe muito bem como ficar muito rico.
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