A participação da ex-primeira-dama da França Carla Bruni no Festival de música italiana de Sanremo gerou polêmicas na Itália.
A deputada italiana do partido Povo da Liberdade (PDL) Daniela Santanché se declarou contrária à participação da ex-modelo no festival porque ela teria apoiado a vinda do ex-ativista político Cesare Battisti no Brasil.
"Me pergunto porque a RAI (televisão pública italiana) vai hospedar no prestigioso palco de Sanremo Carla Bruni Sarkozy, a senhora que ajudou e deu proteção ao terrorista Cesare Battisti e facilitou sua fuga ao Brasil. É uma vergonha que a TV pública dê espaço a uma senhora que ridicularizou e humilhou os italianos, além de ofender as famílias das vítimas de Battisti", declarou a deputada, pedindo a intervenção da presidente da RAI, Anna Maria Tarantola.
Um dos membros do conselho de administração da RAI, Antonio Verro também se pronunciou contra a participação da esposa do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy. "[Carla Bruni] é uma presença absolutamente inoportuna, uma mera propaganda comercial: Bruni vem somente para promover seu novo CD, não tem nenhuma razão artística internacional significativa. E o papel que parece ela teve no caso Battisti é realmente muito ambíguo e discutível. Eu tenho a esperança que o Fabio Fazio [condutor do show], obrigue-a a se distanciar claramente desses atos de terrorismo", disse Verro em uma entrevista radiofônica.
O conselheiro de administração da RAI acrescentou não ter nenhuma simpatia por Bruni, enquanto "várias vezes ela declarou orgulhosamente de não se sentir uma italiana". (ANSA. Ou seja, Carla Bruni, Itália e Sanremo não tem mesmo nada haver, e além do mais, a Carla, na minha opinião, contribui muito pouco para a música italiana, se é que já fez algo significativo para seu país a nível de música