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ESPECIAL: Retrospectiva 2011

26 dezembro 2011

Cultura. Em um ano bastante movimentado, estrelas como Amy Winehouse e Elizabeth Taylor se apagaram e novos nomes, como Criolo, receberam a consagração. Um ano que coroou novamente um rei gago ��� O Discurso do Rei levou quatro Oscar ��� e reconheceu o poeta sueco Tomas Tranströmer finalmente com o Nobel de Literatura.
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Polêmicas não faltaram na moda, música e televisão. Carreiras ruíram enquanto as redes sociais se agitavam com os sucessivos escândalos das celebridades. Nos palcos, o Brasil definitivamente entrou na rota de shows internacionais com nomes estrelados, muitos em festivais, que agitaram o público durante todo o ano.
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Esportes. Foi uma temporada intensa no futebol brasileiro e nos esportes de modo geral. O torcedor viveu no limite, na angústia de não poder ajudar mais seu time e na alegria de comemorar conquistas importantes. Foi um ano de renovação na seleção brasileira após o fracasso em terras sul-africanas. O problema é que Mano Menezes ainda não encontrou uma equipe. E o Brasil passou a ofertar migalhas ao torcedor. O País viu a volta de Ronaldinho Gaúcho da Europa, agora nas cores do Flamengo. E a contratação de Rivaldo pelo São Paulo. Eram nossos ídolos de volta em casa.
O País também reencontrou um menino bom de bola no mesmo palco em que outro, lá atrás, nascia para se tornar o melhor de todos. Neymar ganhou o mundo com seu futebol bonito e bem jogado, simples e eficiente depois de alguns puxões de orelha. O garoto deixou de ser promessa para se tornar craque, diga-se, o mais bem pago do Brasil. Com ele, o Santos ganhou o Paulista e a Libertadores, mas tomou uma surra doida do Barcelona no Mundial de Clubes da Fifa. O Esporte também teve momentos duros, como o doping do campeão mundial e olímpico de natação, Cesar Cielo. E a morte do Doutor Sócrates, o pai da Democracia Corintiana. Ele morreu no mesmo dia em que o seu Corinthinas, e o de muita gente, foi campeão brasileiro, um domingo de festa como ele queria.
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Ciência e Saúde. O ano foi marcado por polêmicas.��2011 começou com uma grande discussão sobre o uso de remédios para emagrecer a partir de pesquisas que apontavam riscos dessas drogas à saúde. Finalmente, o governo decidiu vetar os medicamentos à base de anfetaminas, liberando a sibutramina - justamente a droga que iniciou a discussão. Outro tema que gerou debates entre vários setores da sociedade foi a reformulação do Código Florestal. Após meses de discussão, o projeto de lei foi aprovado pelo Senado no início de dezembro sob protestos de ambientalistas. Eles temem que a nova legislação aumente o desmatamento no País.
Em novembro, o vazamento de óleo da petroleira Chevron, no Rio de Janeiro, causou um grave dano ambiental. A conclusão sobre as causas do acidente só deve ser divulgada em 2012. O período também deixa saudade aos marcar o fim da era dos famosos ônibus espaciais da Nasa.
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Cidades.��Chuva, acidentes, crimes, protestos e leis. Parece que os acontecimentos do dia-a-dia do brasileiro não mudam muito. Mas todos os anos, essas notícias chocam, matam e mudam a vida de cada um e de todos nós de uma maneira diferente. Quem não se lembra do jovem que invadiu uma escola no Realengo, no Rio e atirou aleatoriamente contra estudantes? Onde a chuva não atingiu a população, alagou ruas, destruiu casas e matou? Como não se indignar com denúncias contra autoridades que se corrompem em vez de fazer seu trabalho, de proteger e melhorar a vida do cidadão? Quando ver um acidente de trânsito e não se perguntar o motivo de motoristas ainda dirigirem bêbados imprudentemente? E por que não ficar feliz quando novas medidas que igualam e melhoram a vida de cada habitante?
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 Internacional.��Em 2011 as pessoas - no mundo árabe, na América Latina, nos Estados Unidos, na Rússia, na Europa - se deram conta do poder de sua voz. Quatro longevas ditaduras caíram: Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. As revoltas da Primavera Árabe continuam e o movimento ainda está longe de acabar. Os palestinos foram à ONU pedir adesão plena e saíram com um "não" - mas levaram o reconhecimento na Unesco. Israel e o Hamas chegaram a um acordo para trocar o soldado capturado em 2006 por mais de mil palestinos. Osama bin Laden, o homem mais procurado pelos EUA, foi morto em uma operação cinematográfica no Paquistão, em uma casa distante do cenário das montanhas afegãs.
O ano também viu um sério agravamento da crise humanitária vivida pela Somália, país miserável no qual cerca de 15 crianças morreram por hora ao longo de três meses apenas. Em outras tragédias, o Japão viveu o pior terremoto de sua história, que matou mais de 20 mil; os EUA��sofreram com o Irene, furacão mais intenso desde o Katrina, em 2005; na Noruega, geralmente afastada dos holofotes, um extremista disparou a esmo e matou 77 pessoas - a cena se repetiria mais tarde na Bélgica. O ano de 2011 termina com um novo país, de número 193: o Sudão do Sul.
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Economia&Negócios.��O início de 2011 no Brasil foi marcado pela preocupação com a alta dos preços, por um novo ciclo de elevação dos juros e pelo anúncio do corte de R$ 50 bilhões no orçamento do País. Ao longo do ano, o agravamento da crise internacional mudaria todo este cenário e inverteria as políticas. O governo agora reduz impostos e juros para estimular o consumo, atrair investimentos e garantir crédito barato.��
No cenário internacional, a Grécia anunciou um calote de 50% da dívida pública, o que salvou o país da moratória, mas abalou a confiança dos investidores nos demais países da zona do euro. Os membros do bloco passaram a ter dificuldades para se financiar e mergulharam em uma grave crise. Oito líderes caíram em um efeito dominó de insatisfação. A turbulência econômica ganhou contornos dramáticos com o rebaixamento dos Estados Unidos pela Standard & Poor's (S&P). A notícia caiu como uma bomba nos mercados financeiros, com perdas generalizadas nas bolsas. Na contramão, o Brasil teve sua nota de crédito elevada pelas três principais agências: Fitch, Moody's e S&P.
No mundo dos negócios, ganhou destaque o rombo maior que o esperado do banco Panamericano, que pertencera ao apresentador Silvio Santos. A saída de Roger Agneli e ascensão de Murilo Ferreira à presidência da mineradora Vale dominou as manchetes no País, bem como a morte do lendário fundador da Apple, Steve Jobs. Na aviação civil, a Webjet foi comparada pela Gol, que meses depois faria uma parceria com a Delta. Já a gigante American Airlines apresentou sua concordata nos Estados Unidos.
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Política.��Em 2011, Dilma Rousseff, primeira mulher presidente do Brasil, tomou posse. O Brasil teve destaque no cenário internacional ao ter Dilma abrindo a Assembleia Geral da ONU. Dilma visitou e recebeu líderes mundiais importantes, como Obama e Hu Jintao.
Durante o ano, sete ministros saíram do governo, a internet foi ferramenta para organizar manifestações contra a corrupção, políticos envolvidos em casos de corrupção foram absolvidos e a Lei da Ficha Limpa teve seu julgamento adiado. O Brasil também soube do diagnóstico de câncer do ex-presidente Lula.

Toda esta matéria da retrospectiva 2011 é de autoria do site  Estadão.

 
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