A venda de cerveja em praças esportivas, como estádios e ginásios, deverá ser liberada em todo o país, incluindo os estádios que receberão jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014. A alteração do Estatuto do Torcedor, que impede a venda de bebidas alcóolicas nesses locais, consta da proposta do deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator do projeto da Lei Geral da Copa (PL 2.330/11). Para o relator, este é um ponto já acordado pelas lideranças políticas. A mudança atende aos interesses da Federação Internacional de Futebol (Fifa), promotora das duas competições, que tem como um dos principais patrocinadores um grande fabricante de cerveja. O presidente da comissão especial criada para analisar o projeto da Lei Geral da Copa, deputado Renan Filho (PMDB-AL), também é favorável à liberação da venda e do consumo de cerveja nos estádios. Ele argumentou que “até no Catar [que sediará a Copa do Mundo de 2022], onde o consumo de bebida alcoólica é proibido [por motivo religiosos], essa permissão será dada”.
Ou seja, é preciso atentender primeiro a necessidade de patrocinadores do que prezar pelas pessoas. A liberação da venda de cerveja até que não seria um problema se o povo brasileiro se comportasse. Mas se já está difícil sem bebidas alcoólicas de evitar as brigas, pode ser pior com elas. Porém, sabemos muito bem que quando tem que haver baderna ou brigas, pouco importa se tem bebidas alcoólicas ou não, o pau quebra do mesmo jeito. Portanto, eu não vejo como um problema grande a liberação da venda de cerveja, e além do mais, o público irá assistir grandes clássicos do futebol mundial e não os clássicos brasileiros que as vezes já começa bem antes de a bola rolar, com muita violência do lado de fora. O problema maior do Brasil no momento não é liberar ou não a venda de cerveja e sim entregar a tempo as obras e todos os estádios a tempo da copa.
