Os países mais atingidos pela grave crise econômica mundial precisam de ajuda, e as nações emergentes têm condições de oferecer este auxílio. A declaração foi da presidente brasileira, Dilma Rousseff, na abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU (Organizações das Nações Unidas), em Nova York. Ela também defendeu a criação de um estado palestino no Oriente Médio. Esta foi a primeira vez que uma mulher fez a fala de abertura da cerimônia. Tradicionalmente, o representante brasileiro tem esta prerrogativa. Antes de seu discurso, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-Moon, destacou o ineditismo do fato e teceu elogios à presidente e ao papel do Brasil na política externa e economia mundial. Em seguida, o representante do Qatar fez uma saudação e também destacou a ação do Brasil no atual cenário mundial. Dilma destacou o fato de ter sido a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU, no início de seu discurso. “É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna, que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo”. Ela destacou que, na língua portuguesa, palavras como coragem, sinceridade e esperança, são femininas.
Dilma falou que o mundo vive um momento delicado por causa da crise econômica. “Se ela não for rebelada criará ruptura econômica e social, sem precedentes”. No entanto, ela disse que esta é a oportunidade de uma ação global mais ampla. “É preciso buscar soluções rápidas e criativas. A crise é grave demais para ser administrada por poucos países”. Ela criticou a política adotada pelos países desenvolvidos e disse que a crise foi causada não por falta de recursos econômicos, “mas sim de falta de recursos políticos e clareza de ideias”. Dilma saudou a inclusão de mais um membro da ONU, o Sudão do Sul, e aproveitou a ocasião para pedir a inclusão da Palestina, que será definida esta semana pelo Conselho de Segurança.
“Mas lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na ONU. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos anseios de Israel por paz e estabilidade”.Ela criticou as ações militares indiscriminadas contra países onde se refugiam grupos terroristas. “O mundo sofre hoje com intervenções que agravaram conflitos, inserindo o terrorismo onde não existia e criando novos ciclos de violência. Muito se fala em proteger, mas não se debate a responsabilidade ao proteger”. Aora só queria dizer uma coisa. Tirando o fato da Dilma novamente fazer história, o discurso foi bonito quando se trata de ajudar os países mais pobres, vítimas da crise e combater o terrorismo, pena que na prática, as nações se empenham tão pouco.
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