O MEC (Ministério da Educação) vai distribuir tablets – computadores pessoais portáteis do tipo prancheta, da espessura de um livro, pesando menos de um quilo – a escolas públicas a partir do próximo ano. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante palestra a editores de livros escolares, na 15ª Bienal do Livro. O objetivo, segundo o ministro, é universalizar o acesso dos alunos à tecnologia. Haddad afirmou que o edital para a compra dos equipamentos será publicado ainda este ano. “Nós estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos portais importantes, como o Portal do Professor e o Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do ensino médio e boa parte do ensino fundamental.”
O ministro disse que o MEC está em processo de transformação. “Precisamos, agora, dar um salto, com os tablets. Mas temos que fazer isso de maneira a fortalecer a indústria, os autores, as editoras, para que não venhamos a sofrer um problema de sustentabilidade, com a questão da pirataria.”Haddad não soube precisar o volume de tablets que será comprado pelo MEC, mas disse que estaria na casa das “centenas de milhares”. Ele destacou que a iniciativa está sendo executada em parceria com o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia).
E olha, estou batendo palmas para o MEC neste momento. Lógico que investir em tecnologia para uma melhor aprendizagem é ótimo. Mas as minhas palmas vão com todas as forças para essa iniciativa do MEC que irá gastar milhões para colocar nas mãos dos alunos tablets, com tantas escolas públicas Brasil a fora com uma estrutura precária. Sem contar que muitas não oferecem nem aos professores condições de trabalho, como um laboratório, uma biblioteca e vários outros materiais necessários para o desenvolvimento das aulas dos professores. Porque antes de investir em tecnologia, não se investe mais nos professores, em reforma das escolas, nos livros com mais qualidade, em materiais escolares, em uma merenda de qualidade e etc. Posso estar errado, mas para mim isso é colocar a carroça na frente dos bois.
