Lindemberg Alves Fernandes, 25 anos, foi condenado nesta quinta-feira pelo cárcere privado e morte da ex-namorada Eloá Pimentel, então com 15 anos, em 2008. O réu foi sentenciado a 98 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado, mais 1.320 dias-multa. A decisão saiu no quarto dia de júri, em Santo André, no ABC Paulista. Ele não poderá recorrer em liberdade. Lindemberg foi considerado culpado de 12 crimes: homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) em relação a Eloá; tentativa de homicídio duplamente qualificado em relação ao disparo contra Nayara Rodrigues; e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a execução de crimes) contra o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano. Ele também foi denunciado cinco vezes por cárcere privado qualificado em relação a Nayara (duas vezes), a Eloá e aos dois adolescentes que estavam no apartamento no momento da invasão, e quatro vezes por disparo de arma de fogo em lugar habitado.
O julgamento foi marcado pelo depoimento de Lindemberg, que quebrou silêncio de mais de três anos sobre o caso. Ele surpreendeu, no início de sua fala, ao pedir desculpas à mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel. "Eu vim para contar a verdade, porque eu tenho uma dívida muito grande com a família dela. Eu queria pedir perdão em público, porque eu entendo a dor da Dona Tina. Eu queria pedir perdão para ela por tudo o que aconteceu." A estudante Eloá Pimentel, 15 anos, morreu em 18 de outubro de 2008, um dia após ser baleada na cabeça e na virilha dentro de seu apartamento, em Santo André, na Grande São Paulo. Os tiros foram disparados quando policiais invadiam o imóvel para tentar libertar a jovem, que passou 101 horas refém do ex-namorado Lindemberg Alves Fernandes. Foi o mais longo caso de cárcere privado no Estado de São Paulo.
Armado e inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg invadiu o local no dia 13 de outubro, rendendo Eloá e três colegas - Nayara Rodrigues da Silva, Victor Lopes de Campos e Iago Vieira de Oliveira. Os dois adolescentes logo foram libertados pelo acusado. Nayara, por sua vez, chegou a deixar o cativeiro no dia 14, mas retornou ao imóvel dois dias depois para tentar negociar com Lindemberg. Entretanto, ao se aproximar do ex-namorado de sua amiga, Nayara foi rendida e voltou a ser feita refém. Mesmo com o aparente cansaço de Lindemberg, indicando uma possível rendição, no final da tarde no dia 17 a polícia invadiu o apartamento, supostamente após ouvir um disparo no interior do imóvel. Antes de ser dominado, segundo a polícia, Lindemberg teve tempo de atirar contra as reféns, matando Eloá e ferindo Nayara no rosto. ( Com informações do site Terra). E quero só observar que assim como algumas emissoras de tv fizeram durante aquele 13 de outubro de 2008 onde vizeram cobrtura 24 horas, mostrando um tamanho exagero ao mostrar o caso, o mesmo aconteceu com este julgamento, que para a maioria, já era certo a condenação do Lindemberg.