A chuva no Acre afeta mais de 30 mil pessoas e deixa mais de 6 mil desabrigadas. O nível do Rio Acre está 6 metros acima do normal e chegou a 17,26 metros. A tendência é que a água continue a subir, segundo informações da Defesa Civil do estado. O Rio Juruá também continua subindo. Desde sexta-feira (17), estão sendo enviados alimentos, cestas básicas e medicamentos às famílias da região, especialmente as das cidades de Santa Rosa e Sena Madureira. A capital Rio Branco está em situação de emergência desde a semana passada. Quase 2 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e estão abrigadas no parque de exposições local. Mais de 5 mil casas foram alagadas e 30 bairros das regiões urbana e rural foram atingidos.
O Acre vive hoje a situação que já foi vivida este ano em estados como o Rio de Janeiro e Minas Gerais: a força das águas e as cheias dos rios desabrigando milhares de famílias e deixando todos em estado de alerta. Em menos de 24 horas o Rio Acre subiu 1,18m em Brasileia e surpreendeu os moradores. Muitos, mesmo suspendendo os móveis, tiveram prejuízos porque o nível foi mais alto que o previsto. Em Assis Brasil o nível das águas subiu pelo menos quatro metros acima da régua de medição da Defesa Civil, que marcava até 17 metros. Parte da cidade foi inundada. No município que faz fronteira com o Peru, as águas começaram a baixar na sexta-feira. Na noite de domingo os moradores de Brasileia foram surpreendidos com a elevação repentina do Rio Acre e Xapuri está em alerta. Em Rio Branco 15 mil imóveis foram atingidos até agora pela cheia do Rio Acre, com uma população estimada em mais de 54 mil pessoas.