A polícia apreendeu cerca de 100 ingressos com o britânico Ray Whelan, de 64 anos, apontado como o fornecedor do esquema milionário de venda ilegal de bilhetes para jogos da Copa. Diretor executivo da Match, única empresa autorizada pela Fifa a comercializar pacotes de entradas e camarotes do Mundial, ele foi preso nesta segunda-feira (7) no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Whelan morava há dois anos no Brasil e, segundo informações da Polícia Civil, não saía muito do hotel. Ele não resistiu à prisão e quando chegou ao 18º DP (Praça da Bandeira) seus advogados já o aguardavam no local. O britânico teve prisão temporária de cinco dias decretada e deve ser encaminhado para a penitenciária de Bangu 8.
A polícia já solicitou imagens Copacabana Palace para apurar as investigações. Foram encontradas cerca de 900 ligações e mensagens entre Whelan e franco-argelino Lamine Fofana, apontado como chefe da quadrilha. Nas conversas, feitas inclusive por meio de redes sociais, o executivo era chamado de Ray Brasil. Até agora, outras 11 pessoas já foram presas sob suspeita de envolvimento no esquema, mas segundo uma fonte da Polícia Civil as investigações devem resultar em mais detenções.
- Informalmente, ele negou que seja amigo do Fofana e que tenha feito negociações com ele, mas temos provas disso. Foram 900 ligações entre os dois. Confirmou apenas que a empresa do argelino (Atlanta Sportif Management) comprou ingressos para a Copa e que conhecia o empresário pelo fato de ele sempre transitar no Copacabana Palace e entre jogadores - disse o delegado Fábio Barucke. De acordo com reportagem veiculada na noite de domingo, no "Fantástico", centenas de ligações entre Fofana e um número de serviço da Fifa foram registradas. Os esquema movimentava milhões e mais milhões com as vendas ilegais e superfaturadas. E embora a Fifa tenha colaborado com as investigações, até agora nada garante que ela não sabia que essa quadrilha agia tão próximo deles. ( Com informações do GE e Band.)