Seguramente um marco histórico para a Capital do Sudoeste da Bahia, os seus 170 anos de emancipação política administrativa. E o que mais impressiona é a velocidade do seu desenvolvimento – a cidade parece passar por uma séria variação de identidade –; a rapidez de transformação que a envolve materializa-se como se fosse uma ajustada metamorfose urbanística. Uma realidade que surge, um formato novo se configura, a nova era do virtual e da eletrônica, da beleza e da riqueza, mas, infelizmente, também, da atroz inimiga dos novos tempos: a incontrolável violência. O gigantismo atingiu a capital da pecuária e do café; o mundo do comércio invadiu becos, avenidas e ruelas – antes ocupados por casarios antigos –, abriu espaço para prédios, lojas, bares, restaurantes e magazines. Os bairros periféricos viraram cidades e ficaram independentes. De tudo se vende e se acha, aqueles residentes nas Vilas Serranas ou na Urbis VI, sabem do que estou falando, pois estão muito bem servidos de supermercados, panificadoras, farmácias, açougues tão equipados e abastecidos que sequer dependem do centro comercial para sobreviverem. E tudo isso nos dá a sensação de estar vivendo em um ambiente que encara o futuro de frente enchendo de orgulho a quem nele reside.
Pois é. Aquela romântica e agitada província dos ‘Peduros e Meletes’, lideradas pelos coronéis e famílias tradicionais “Gugé, Moreira, Gusmão, Ferraz, Flores, Sales, Correia, Mendes, Leite, (...),” – como bem registraram os historiadores Rui Medeiros e Aníbal Viana –, não existe mais, faz parte tão somente da narrativa histórica e dos nossos antepassados. O veloz crescimento do município recomenda novos caminhos, novos hábitos e novas atitudes. E não poderia ser diferente, a vitrine do sertão baiano desfruta de uma situação geográfica privilegiada, quem vai para o sul ou para o norte tem que por aqui passar. Nesse trajeto muitos terminam ficando e engrossando as fileiras de sua população e o reflexo disso são construções e mais construções, bem como incontáveis reformas. O bairro Candeias, por exemplo, troca de plumagem a todo instante. Saí o matagal entra arranha-céus e condomínios de luxo, cada mansão mais bela que a outra e a imponência de indumentárias nos edifícios nem se fala.
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Mas é no comércio que tem a sua força maior. E não foi à toa que a Veja, na última edição de agosto de 2010, destacou numa reportagem especial de 47 páginas, sob o título “O Brasil que já deu certo”, que Vitória da Conquista, entre 2002 e 2007, alcançou uma taxa de crescimento econômico de 8,6%, ficando entre as 10 primeiras do País. Ainda, segundo a Revista, Conquista situa entre as 233 cidades brasileiras que se transmutaram em locomotivas do desenvolvimento nacional e ainda aponta como uma das cidades brasileiras que avança ao posto de metrópole. Evidente que carece de muita coisa, em meio as mais emergentes: um centro de convenções e um aeroporto, até porque o atual não mais atende as necessidades da região. O governador Jaques Wagner, em entrevista dia 22 de outubro último, garantiu que um novo aeroporto será uma das suas realizações dos próximos quatro anos. Tomara.
Muito se fala e muito se escreve sobre esta terra e não foram poucos os autores que encantaram com a beleza e o calor humano do seu povo. A cidade do futuro é também a cidade do presente, nesta data especial ela vive um momento de avanço esplendoroso. Uma trajetória de perspectiva, limites e esperança. Aliás, presencia a emergência de uma nova estratificação social e um processo de formação de mais uma afinidade que emerge e rodopia em si mesma, como toda cidade de grande porte. Nesse ritmo, seus habitantes vão se adaptando à essa nova realidade que aprenderam a chamar de progresso. Salve o 09 de novembro! (Fonte: Nildo Freitas. Texto: Ezequiel Sena)
Maravilha...! tenho orgulho dessa terra querida
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