A CNBB ( Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) manifestou nesta sexta-feira “profunda indignação” com a capa de outubro da revista Placar na qual o jogador Neymar aparece crucificado.
A entidade diz reconhecer o princípio da liberdade de expressão, mas que “há limites objetivos no seu exercício”. “A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial”, diz a nota.
“A publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças”, prossegue. Em entrevista ao UOL, antes da emissão da nota da CNBB, o diretor da Placar, Maurício Barros, havia dito que a intenção da revista com a imagem era questionar a posição de vilão em que Neymar foi colocado, frequentemente acusado de cai-cai, ou antiético.
Barros havia declarado ainda que o objetivo não era comparar o jogador com Jesus Cristo.
“Acho que pode haver a comparação porque Jesus Cristo foi o crucificado mais famoso, mas a nossa analogia é com a execução, como a crucificação como elemento histórico de execução pública”, disse ele. ..
Mas claramente quem olha para a capada revista não tem como não fazer a comparação. Está mais que evidente, além de ser uma falta grande de respeito. E além do mais, de modo algum o Neymar é crucificado, pois ele exagera mesmo algumas vezes, caindo de mais em campo, e já outras vezes é derrubado mesmo, mais por que ele é magro. A Revista Placar, mesmo se não foi a intenção, errou e feio a colocar Neymar em trajes de Jesus. A tem outra coisa, o Neymar não é crucificado, ele é criticado, e ninguém bom suficiente para não ser criticado, exeto Jesus.